Educação linguística crítica: para (re)pensar a inclusão no mundo social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2025v25n1p11-28

Palavras-chave:

Educação Linguística, Crítica, Inclusiva, Ideologia

Resumo

Este ensaio propõem uma reflexão acerca da educação linguística crítica fundamentando-se nos princípios da pedagogia crítica Freireana. O objetivo desta breve reflexão é discutir como as aulas de línguas podem ser estruturadas a partir de uma perspectiva crítica, promovendo a transformação da percepção dos alunos sobre a língua(gem) e o mundo que os cerca. Busca-se, assim, provocar um movimento reflexivo que possibilite ao aprendiz alterar a sua percepção do mundo ao analisar a língua(gem) veiculada na sociedade em geral, desvelando as ideologias. Com esse propósito, esta reflexão, se orienta pela noção de que nenhum texto é neutro mas sim reflexo do mundo em que vivemos e, por isso, todos eles são políticos, considerando que as formações discursivas são políticas e ideológicas por essência, o que justifica uma educação linguística crítica. Assim, em consonância com a Pedagogia da Libertação Freireana e com a BNCC, este ensaio, de caráter bibliográfico, se constitui a partir da noção de que a compreensão e uso da linguagem possibilita apreensão do mundo a nossa volta, quando conseguimos problematizar as concepções ideológicas presentes nos textos, até mesmo para confrontá-las. Esta reflexão se justifica quando pode contribuir com a formação de professores de línguas, para que possam ter uma outra percepção da educação linguística e adotem uma abordagem mais crítica e inclusiva para o ensino de línguas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Flavius Almeida dos Anjos, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Mestre em Língua e Cultura (UFBA). Doutor em Língua e Cultura (UFBA). Professor Adjunto de língua inglesa, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Referências

BOURDIEU, P. A economia das trocas linguísticas. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

BOZKURT, D.; TOPKAYA, E. Z. Critical pedagogy in english language teaching. Innovational Research in ELT, Abingdon, v. 4, n. 2, p. 53-58, Dec. 2023. DOI: https://doi.org/10.29329/irelt.2023.623.5.

BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular: versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 18 jul. 2024.

CROOKES, G. Critical pedagogy in language teaching. In: ORTEGA, L. (ed.). The encyclopedia of applied linguistics. Hoboken: Wiley-Blackwell, 2012. p. 1-9.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 59. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2015.

GIROUX, H. A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Tradução de Daniel Bueno. Porto Alegre: Artmed, 1997.

HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática libertadora. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

KUMARAVADIVELU, B. A linguística aplicada na era da globalização. In: LOPES, L. P. M. Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006. p. 129-148.

PENNYCOOK, A. English and the discourses of colonialism. London: Routledge, 1998.

SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 16. ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.

SAUNDERS, L.; WONG, M. A. Critical pedagogy: challenging bias and creating inclusive classrooms. Urbana: Windsor and Downs Press, 2020.

Arquivos adicionais

Publicado

22-04-2025

Como Citar

ANJOS, Flavius Almeida dos. Educação linguística crítica: para (re)pensar a inclusão no mundo social. Entretextos, Londrina, v. 25, n. 1, p. 11–28, 2025. DOI: 10.5433/1519-5392.2025v25n1p11-28. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/51394. Acesso em: 26 dez. 2025.