O desenvolvimento de textos ciberliterários em inglês

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2020v20n1p9

Palavras-chave:

Escrita Criativa, Teoria sociocultural, Fanfiction

Resumo

A Escrita Criativa Digital (ECD) não tem sido extensivamente pesquisada no Brasil. Há poucos cursos sobre ECD em universidades brasileiras de Letras, e ainda menos publicações disponíveis nesta área (BLYTHE; SWEET, 2008; HEALEY, 2009; MORLEY, 2007; MYERS, 2006; OBERHOLZER, 2014). A Lei de Diretrizes e Bases Educacionais do Brasil (LDB), Lei 9.394/96, valoriza a educação e as culturas nacionais. Sendo assim, a multimodalidade (HODGES; KRESS,1998) se torna parte desta valorização. Além disso, a multimodalidade, o multiletramento e a multidisciplinaridade/transdisciplinaridade são também reforçadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de 1998 (BARRETTO, 1995; BONAMINO; SOUSA, 2012; SANTOS, 2002). Entretanto, poucas universidades brasileiras aprovisionam aos seus alunos de graduação, não somente de Letras, com disciplinas para que eles possam desenvolver textos multimodais tais como as fanfictions. Por essas razões, um curso de Escrita Criativa Fanfictional em inglês (ECFI) foi desenvolvido e ministrado na USP no final de 2016. Este curso teve 5 participantes, todos estudantes de graduação em Letras da USP. Os objetivos do curso de ECFI e, também, desta pesquisa foram auxiliar seus participantes a desenvolver textos ciberliterários. A metodologia desta pesquisa envolveu a organização e o ensino da Escrita Criativa Fanfictional em inglês em um curso extracurricular na USP. Para alcançar os objetivos desta pesquisa, a organização deste curso foi baseada na teoria sociocultural vygotskiana (VYGOTSKY, 2004, 2007). Os dados coletados indicaram que a estudante da ECFI desenvolveu tanto conceitos sobre multimodalidade quanto seus textos ciberliterários.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Carlos Eduardo de Araujo Placido, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Doutor em Estudos Linguísticos e Literários em inglês (USP). Professor do curso de Letras-Língua Inglesa e suas Literaturas (UNEB).

Referências

BARRETTO, Elba Siqueira de Sá. (coord.). As propostas curriculares oficiais. São Paulo, SP: Fundação Carlos Chagas, 1995. 125 p. (Textos FCC, n. 10/96).

BLYTHE, Hal; SWEET, Charlie. Why creativity, why now? Stanford, California: Stanford University, 2008. Tomorrow's Professor Postings.

BLYTHE, Hal; SWEET, Charlie. Why creativity, why now? Tomorrow’s Professor, 2008.

BONAMINO, Alicia; SOUSA, Sandra Zákia. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces com o currículo da/na escola. Educação e Pesquisa, São Paulo, SP, v. 38, n. 2, p. 373-388, abr. /jun. 2012.

BRASIL. LDB: Lei de diretrizes e bases da educação Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Câmara dos Deputados: Centro de Documentação e Informação, 2010.

DUFF, Patsy. Case study research in applied linguistics. New York, NY: Lawrence Erlbaum: Taylor & Francis, 2008.

DUFF, Patsy. How to carry out case study research. In: MACKEY, Alison; GASS, Susan M. (ed.). Research methods in second language acquisition: a practical guide. New York: Wiley-Blackwell, 2012. p. 95-116.

DYSON, Anne Haas; GENISHI, Celia. On the case: approaches to language and literacy research. New York: Teachers College Press, 2005. (NCRLL Collection, book 76).

FERRARI, Alceu. Analfabetismo e níveis de letramento no Brasil: o que dizemos censos? Educação & Sociedade, Campinas, SP, v. 23, n. 81, p. 21-47, 2002.

HEALEY, Stephen Peter. The rise of creative writing and the new value of creativity. Minneapolis MN: The University of Minnesota Press, 2009.

HODGES, Robert; KRESS, Gunther. Social semiotics. Cambridge: Polity, 1998.

JENKINS, Henry. Fans, bloggers, and gamers: exploring participatory culture. New York: New York University Press, 1992.

JENKINS, Henry. Textual poachers: television fans and participatory culture. New York: Routledge, 2007.

LANTOLF, James. Sociocultural theory and second language development. In: VAN PATTEN, BILL; WILLIAMS, Jessica. (ed.). Theories in second language acquisition. New York: Routledge, 2015. p. 207-226.

LEV Semenovich Vygotsky. Imagination and creativity in childhood. Journal of Russian and East European Psychology, Armonk, NY, v. 42, n. 1, p. 7-97, 2004. DOI: 10.1080/10610405.2004.11059210.

MORLEY, David. The Cambridge introduction to: creative writing. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.

MYERS, David. The elephants teach: creative writing since 1880. New Jersey: Prentice Hall, 2006.

OBERHOLZER, Peter. Student conceptions of creative writing. Johannesburg: University of the Witwatersrand, 2014. Masters research report. PUGH, Sarah. The democratic genre: fan fiction in a literary context. Glasgow: Seren, 2010.

REIS, Suzana Cristina. Ensino de Língua Inglesa por meio de jogos digitais na universidade: uma proposta de construção. In: TOMITCH, Lêda M. B.; HEBERLE, Viviane M. (org.). Perspectivas atuais de aprendizagem e ensino de línguas. Florianópolis, SC: LLE/PPGI/UFSC, 2017.

SANTOS, Lucíola Licinio de C. P. Políticas públicas para o ensino fundamental: Parâmetros Curriculares Nacionais e Sistema Nacional de Avaliação (SAEB). Educação & Sociedade, Campinas, SP, v. 23, n. 80, p. 346-367, set. 2002.

STAKE, Robert. Multiple case study analysis. New York: Guilford, 2006.

THOMAS, Angela A. Fan fiction online: engagement, critical response and affective play through writing. Australian Journal of Language and Literacy, St Leonards, v. 29, n. 3, 226-239, 2006.

TUSHNET, Rebecca. Legal fictions: copyright, fan fiction, and a new common law. Loyola of Los Angeles Entertainment Law Journal, Los Angeles, CA, v. 17, n. 3, p. 651-686, 1997.

VYGOTSKY, Lev Semyonovich. Mind in society: the development of higher psychological process. Cambridge, MA: Harvard University Press, 2004.

VYGOTSKY, Lev Semyonovich. Thought and language. Cambridge, MA: The Massachusetts Institute of Technology, 2007.

WATTPAD. Available on: https://www.wattpad.com/. Accessed on: 14 abr. 2019.

WERTSCH, James. Mind as action. New York: Oxford University Press, 2008.

WORLD ECONOMIC FORUM - WEF. Industrial internet of things: unleashing the potential of connected products and services. Cologny, SW: WEF, 2015

Downloads

Publicado

14-06-2020

Como Citar

PLACIDO, C. E. de A. O desenvolvimento de textos ciberliterários em inglês. Entretextos, Londrina, v. 20, n. 1, p. 9–34, 2020. DOI: 10.5433/1519-5392.2020v20n1p9. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/36486. Acesso em: 1 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos