A representação do feminino na mitopoese amazônica
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2014v14n1p138Palavras-chave:
Mitopoese, Feminino, Imaginário, SimbolismoResumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a personagem de uma narrativa oral mítica amazônica a partir de sua construção imaginária e simbólica. A mitopoese em questão corresponde ao caso de uma velha erveira que se metamorfoseia em onça para atacar um jovem de sua comunidade. Nesse caso, a análise será feita com base no conceito de imaginário que circunda a valoração negativa dessa senhora por meio de uma construção histórica, valoração esta que também é representação. Para tanto, partimos da leitura simbólica (CHEVALIER; GHEERBRANT, 2009) e do conceito de imaginário como a representação sensível de um discurso oral (MAFESSOLI, 2001), para entendermos que a imagem formada da mulher está para além da realidade factual, pois compõe uma realidade sensibilizada, uma maneira outra de representar. A maneira como a imagem da mulher é formada nesta narrativa também passa pela leitura de Beauvoir (1961) uma vez que sua imagem, quando colocada em cena, parte de uma fala que a reconstrói por meio do medo de sua constituição enquanto feminino.Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
BEAUVOIR, S. de. O segundo sexo: fatos e mitos. São Paulo: Difel, 1961.
BENJAMIN, W. O Narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 197-221.
BULFINCH, T. O livro de ouro da mitologia: história de deuses e heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
CASCUDO, L. da C. Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Global, 2001.
CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.
DIEGUES, A. C. Ilhas e mares: simbolismo e imaginário. São Paulo: Hucitec, 1998.
DURAND, G. O imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio de Janeiro: Difel, 1998. FARES, Josebel Akel. Imagens da matinta perera em contexto amazônico. Revista Boitatá, Londrina, v. 3, jan./jun, p. 62-78, 2007.
FERREIRA, A. B. de H. Miniaurélio século XXI escolar: O minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
LE GOFF, J. História e Memória. Campinas, SP: Unicamp, 2003.
MAFFESOLI, Michel. O imaginário é uma realidade. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, Porto Alegre, v. 1, n. 15, ago. 2001. Disponibilidade em: http://www.revistas.univerciencias.org/index.php/famecos/article/view/285/21. Acesso em: 21 de abr. de 2012.
OLIVEIRA, J. C. Folclore Amazônico: lendas. Belém, Pa: São José, 1951.
PORTELLI, A. Ensaios de História Oral. São Paulo: Letra e Voz, 2010.
PORTELLI, A. História Oral como Gênero. Projeto História. São Paulo, 2001.
THOMPSON, P. A Voz do Passado: história oral. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
VIVEIROS DE CASTRO, E. [Palestra] A morte como quase acontecimento. Disponibilidade em: . Acesso em: 19 de mar. de 2012.
VIVEIROS DE CASTRO, E. A Inconstância da Alma Selvagem: e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
BENJAMIN, W. O Narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 197-221.
BULFINCH, T. O livro de ouro da mitologia: história de deuses e heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
CASCUDO, L. da C. Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Global, 2001.
CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.
DIEGUES, A. C. Ilhas e mares: simbolismo e imaginário. São Paulo: Hucitec, 1998.
DURAND, G. O imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio de Janeiro: Difel, 1998. FARES, Josebel Akel. Imagens da matinta perera em contexto amazônico. Revista Boitatá, Londrina, v. 3, jan./jun, p. 62-78, 2007.
FERREIRA, A. B. de H. Miniaurélio século XXI escolar: O minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
LE GOFF, J. História e Memória. Campinas, SP: Unicamp, 2003.
MAFFESOLI, Michel. O imaginário é uma realidade. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, Porto Alegre, v. 1, n. 15, ago. 2001. Disponibilidade em: http://www.revistas.univerciencias.org/index.php/famecos/article/view/285/21. Acesso em: 21 de abr. de 2012.
OLIVEIRA, J. C. Folclore Amazônico: lendas. Belém, Pa: São José, 1951.
PORTELLI, A. Ensaios de História Oral. São Paulo: Letra e Voz, 2010.
PORTELLI, A. História Oral como Gênero. Projeto História. São Paulo, 2001.
THOMPSON, P. A Voz do Passado: história oral. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
VIVEIROS DE CASTRO, E. [Palestra] A morte como quase acontecimento. Disponibilidade em: . Acesso em: 19 de mar. de 2012.
VIVEIROS DE CASTRO, E. A Inconstância da Alma Selvagem: e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
Downloads
Publicado
23-10-2014
Como Citar
SILVA, Fernando Alves da; SIMÕES, Maria do Perpétuo Socorro Galvão. A representação do feminino na mitopoese amazônica. Entretextos, Londrina, v. 14, n. 1, p. 138–154, 2014. DOI: 10.5433/1519-5392.2014v14n1p138. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/20100. Acesso em: 23 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos
Licença
Entretextos adota a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International, portanto, os direitos autorais relativos aos artigos publicados são do(s) autor (es).
Sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito e prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
