Processo dialógico no emprego de nomes próprios de políticos brasileiros

Autores

  • Lívia Maria Turra Bassetto Universidade Estadual Paulista - UNESP

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2013v13n2p388

Palavras-chave:

Enunciado, Nome próprio, Dialogismo, Cronotopo, Políticos, Atributos

Resumo

Da perspectiva bakhtiniana de linguagem, pretende-se investigar o emprego de nomes próprios em textos de teor político e discutir como esses nomes próprios podem exercer a função, não simplesmente designativa, mas também atributiva de figuras políticas, em foco no discurso. Para isso, analisar-se-ão textos de temas políticos, enfatizando-se a função do emprego de antropônimos no discurso político do autor, com base nos conceitos bakhtinianos de enunciado, dialogismo e cronotopo. Com a análise, sugere-se que o uso de nomes próprios como atributos está relacionado aos vários discursos com os quais o autor escrevente dialoga no espaço e no tempo, de modo que esses nomes próprios são marcadamente caracterizados por seu emprego socialmente sustentado nos usos dos sujeitos. 

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Biografia do Autor

Lívia Maria Turra Bassetto, Universidade Estadual Paulista - UNESP

Doutoranda em Estudos Linguísticos pela Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto. Professora  na UENP/ Cornélio Procópio.

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Publicado

30-01-2014

Como Citar

BASSETTO, L. M. T. Processo dialógico no emprego de nomes próprios de políticos brasileiros. Entretextos, Londrina, v. 13, n. 2, p. 388–414, 2014. DOI: 10.5433/1519-5392.2013v13n2p388. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/16468. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos