Delgadinha: um inconciliável conflito de obediência

Autores/as

  • Doralice Alcoforado Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2008v3.e31758

Resumen

O romanceiro tradicional vem desde a sua origem, na Idade Média, enfocando temas que tratam da condição humana. A tradição moderna do romanceiro concentra-se em temas novelescos em que a mulher é o centro da trama. Em alguns deles é explicitada uma prática política de poder do masculino sobre o feminino, determinando uma dissimetria de valores atribuídos a cada um dos sexos. O romance Delgadinha aborda o tema do incesto, desenvolvendo sua trama na perspectiva de uma transgressão da ética do código de parentesco que norteia a ordem familiar. Estuda-se essa questão na relação pai e filha e o posicionamento assumido pela mulher em versões desse romance recolhidas na Bahia.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Doralice Alcoforado, Universidade Federal da Bahia

Doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba. Professora da Universidade Federal da Bahia

Citas

ALCOFORADO, Doralice F. Xavier; ALBÁN, Maria del Rosário S. Romanceiro Ibérico na Bahia. Salvador: Livraria Universitária, 1996.

BRAGA, Teófilo. Romanceiro geral português. 3v. ed. fac-similar. Lisboa: Veja, 1982.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Não matar a mãe, não vender a filha: o romance ibérico de tradição brasileira e a lógica do código da família camponesa. V ENCONTRO NACIONAL DA AMPOLL, área de Letras, recife, 25 a 27 de julho de 1990. Anais. Porto Alegre: ANPOLL, 1991.

COSTA, F.A. Pereira da. Folk-lore pernambucano; subsídios para a história da poesia popular em Pernambuco. 1.ed. autônoma. Recife: Arquivo Público Estadual, 1974.

DÉBAX, Michelle. Romancero. Madrid: Alhambra, 1982.

DÍAS ROIG, Mercedes. El romancero viejo. 7 a . ed. Madrid: Cátedra, 1982.

FREUD, Sigmund. Totem y tabú. In:Obras completas. 3 a . ed. Madrid: Biblioteca Nueva, 1973. t. II. p. 1745-1850.

FREUD, Sigmund. Una neurosis demoníaca en el siglo XVII. In: Obras completas. 3 a . ed. Madrid: Biblioteca Nueva, 1973. T. III. P. 2685-2696.

GARRETT, J.B. de Almeida. Romanceiro e Cancioneiro Geral. 3V. Lisboa: Gabinete de Etnografia, 1963.

GUTIERREZ ESTEVE, Manuel. Sobre el sentido de cuatro romances de incesto. Madrid: Homenaje a Julio Caro Baroja, 1978.

LÉVI-STRAUSS, Claude. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes; São Paulo: EDUSP, 1976.

LIMA, Jackson da Silva. Folclore em Sergipe; romanceiro. Rio de Janeiro: Cátedra, 1977.

LIMA, Rossini Tavares de. Romanceiro folclórico do Brasil. São Paulo: Irmãos Vitale, 1971.

LOPES, Antônio. Presença do romanceiro; versões maranhenses. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.

MARQUES, J.J. DIAS. Sobre um tipo de versões do romance de Delgadinha. Quaderni portoghesi, c.11, n.12, p.195-225, Pisa, 1982.

NASCIMENTO, Bráulio do. As seqüências temáticas no romance tradicional. Revista Brasileira de Folclore, v.6, n.15, p.159-190, Rio de Janeiro, Campanha de Defesa do Folclore, 1966.

NEVES, Guilherme Santos. Romanceiro capixaba. Vitória: FUNARTE/Fundação Ceciliano Abel de Almeida/UEFS, 1983.

PINTO-CORREIA, João David. Romanceiro tradicional português. Lisboa: Editorial Comunicação, 1984.

PIRES-FERREIRA, Jerusa. Armadilhas da memória; conto e poesia popular. Salvador: Fundação Casa Jorge Amado, 1991.

REVISTA ESTUDOS; Lingüísticos e literários, n.7, Salvador, UFBA, 1988 (Número monotemático sobre o Romanceiro, com 101 textos recolhidos na Bahia).

ROSALDO, Michelle Zimbalist, LAMPHERE, Louise (Coords) A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

VILELA, José Aloísio. Romanceiro alagoano. Maceió: EDUFAL, 1983.

ZUMTHOR, Paul. Introduction à la poésie orale. Paris: Seuil, 1983.

Cómo citar

Alcoforado, D. (2017). Delgadinha: um inconciliável conflito de obediência. Boitatá, 3, 143–156. https://doi.org/10.5433/boitata.2008v3.e31758