Fronteiras epistêmicas, fronteiras espaciais e a decolonialidade em Tybyra: uma tragédia brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2023v18.e47325

Palavras-chave:

fronteira, decolonialidade, língua, literatura indígena

Resumo

Este artigo se propõe a refletir sobre a concepção de fronteira no sentido concreto do termo, como linha que demarca cartograficamente territórios, mas também no seu sentido abstrato, isto é, levando em consideração aspectos culturais e sociais que impõem limites epistêmicos dentro de um mesmo território. Colocaremos em debate a crença na existência de uma única língua nacional, pela qual se produz uma literatura que contribui para o estabelecimento de uma cultura nacional, resultando em uma comunidade homogênea, ou uma nação. Em contraponto a esta ideia, Walter Mignolo, no capítulo V de seu livro Histórias locais projetos globais,(2003), enfatiza os efeitos do caráter transnacional das línguas, evidenciando igualmente como se deu a construção da ideologia nacionalista sobre a língua e a literatura. A partir deste texto e de conceitos da teoria decolonial, buscaremos analisar a peça de teatro escrita por Juão Nyn, Tybyra, uma tragédia indígena brasileira, como exemplo de efetiva quebra de fronteiras pela língua, uma vez que, além de serem introduzidas palavras em guarani na obra, há a demarcação indígena na língua portuguesa pela troca da letra “i” pelo “y”, letra sagrada em tupi-guarani.

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Biografia do Autor

Renata de Oliveira Klipel, Sorbonne Université

Mestra em Estudos de Literatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora Leitora na Sorbonne Université

Referências

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Publicado

2023-12-22

Como Citar

Klipel, R. de O. (2023). Fronteiras epistêmicas, fronteiras espaciais e a decolonialidade em Tybyra: uma tragédia brasileira. Boitatá, 18(36), e023014. https://doi.org/10.5433/boitata.2023v18.e47325

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