Edição de textos orais: por que publicar? Como editar?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2017v12.e32942

Palavras-chave:

Poéticas orais, Transcriação, Narrativas, Letra e voz.

Resumo

A pesquisa de campo em oralidade proporciona ao pesquisador um rico contato com as comunidades narrativas e continua sendo uma prática dos estudiosos das poéticas orais, não obstante um número considerável de publicações nos últimos anos. No caso da pesquisa acadêmica, esse movimento vai além da coleta de dados, incluindo a transcrição, adaptação e publicação de textos, em meio impresso ou digital. Discute-se o que vem sendo feito em termos de registro das poéticas orais no Brasil e da divulgação de seus resultados, através de publicações, a partir das questões: por que publicar? como editar? Na busca dessas respostas, o artigo descreve as experiências com as obras Histórias do Fundo do Baú, Contos e Causos da Bahia e Coleção Bocapiu, além de apresentar propostas, baseadas no trabalho de Doralice Alcoforado e Maria del Rosário Albán (1992, 1996). Com isso, procura-se avançar na discussão teórica sobre o tema de como fixar em letra a diversidade da voz.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Edi lSilva Costa, Universidade do Estado da Bahia

Professora da Universidade do Estado da Bahia, doutora em Comunicação e Semiótica (PUC-São Paulo)

Referências

ACERVO de Memória e Tradições Orais na Bahia (AMTRO). Alagoinhas: Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação/Campus II, 1996-2005.

ALBÁN, Maria del Rosário Suárez. O que marcar e o que não marcar na transcrição de textos orais. In: CARDOSO, Suzana Alice Marcelino (Org.). Diversidade linguística e ensino. Salvador: EDUFBA, 1996.

ALBÁN, Maria del Rosário Suarez. Um velho tema em debate: isenção e fidelidade na transcrição grafemática de textos orais. Revista Estudos linguísticos e literários, Salvador, Universidade Federal da Bahia, Instituto de Letras, n. 14, p.57-67, dez. 1992.

ALCOFORADO, Doralice F. Xavier; ALBÁN, Maria del Rosário Suarez. Contos populares brasileiros. Bahia; Recife: Fund. Joaquim Nabuco; Ed. Massangana, 2001.

ALCOFORADO, Doralice F. Xavier; ALBÁN, Maria del Rosário Suaréz. Romanceiro ibérico na Bahia. Salvador: Livraria Universitária, 1996.

ALMEIDA, Maria Inês de; QUEIROZ, Sônia. Na captura da voz: as edições da narrativa oral no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica; FALE/UFMG, 2004.

CASCUDO, Luiz da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. São Paulo: Global, 2004.

COSTA, Edil Silva (Org.). Histórias do fundo do baú. Salvador: Eduneb, 2010. 5 v.

COSTA, Edil Silva. Cinderela nos entrelaces da tradição. Salvador: Secretaria de Cultura; EGBa, 1998.

COSTA, Edil Silva. Ensaios de malandragem e preguiça. Curitiba: Appris, 2015.

FERREIRA, Jerusa Pires. Cavalaria em cordel. São Paulo: Hucitec, 1979.

FERREIRA, Jerusa Pires. Matrizes impressas do oral; conto russo no sertão. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2014.

NASCIMENTO, Bráulio do. Catálogo do conto popular brasileiro. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: IBECC; UNESCO, 2005.

ZUMTHOR, Paul. Introdução à poesia oral. Tradução de Jerusa Pires Ferreira, Maria Lúcia Diniz Pochat e Maria Inês de Almeida. São Paulo: Hucitec, 1997.

Downloads

Publicado

2017-12-27

Como Citar

Costa, E. lSilva. (2017). Edição de textos orais: por que publicar? Como editar?. Boitatá, 12(24), 23–39. https://doi.org/10.5433/boitata.2017v12.e32942