A estética da crueldade nas fronteiras de Venenos de Deus, remédios do Diabo
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2009v4.e31064Palavras-chave:
Miscigenações, Crueldade, ResistênciaResumo
O presente trabalho pretende investigar as veredas da estética da crueldade construídas no romance Venenos de Deus, remédios do Diabo, de Mia Couto, a partir da hibridização, desterriorização e dos percursos das identidades diaspóricas criadas e fragmentadas nos discursos existentes na Vila Cacimba, cenário que documenta a história de Bartolomeu Sozinho, sua esposa Dona Munda, o médico Sidónio Rosa e a mulher que este ama e busca reencontrar em Vila Cacimba, Deolinda. Nesse cenário é que os textos acerca da língua enquanto colonização, da suposta epidemia enquanto multietnicidade, da diáspora, das miscigenações vistas com muita resistência, e certas inversões de significados tidos como maniqueísmos e tabus, como sugere o próprio título Venenos de Deus, remédios do Diabo, desvelam estéticas da crueldade nos cruzamentos de fronteiras e nas fronteiras que se cruzam em discursos identitários.
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Referências
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