Nós poéticos de José Paulo Paes

Autores

  • Maria Mirtis Caser Universidade Federal do Espírito Santo https://orcid.org/0000-0001-9247-8199
  • Silvana Athayde Pinheiro Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2017v34p31

Palavras-chave:

Poesia brasileira, José Paulo Paes, Autobiografia, Epigrama

Resumo

José Paulo Paes elegeu o epigrama como forma recorrente de sua poesia. Além disso, o humor e a ironia são também marcas evidentes em seus versos. Sob esse modo poético, há a fluência entre o grande e o pequeno, o local e o universal, a parte e o todo, a criança e o adulto, a vida e a morte, o que não implica em contraposição entre polos, mas em trânsito entre esferas que se interpenetram. O epigramático por vezes se apresenta em variadas feições poéticas que articulam esses pares, como no poema que é objeto de análise deste artigo, “Ode à minha perna esquerda”, do livro Prosas seguidas de odes mínimas (1992). O poema matiza pontos de contato entre a vida e a obra poética de Paes, portanto, apresenta um perfil autobiográfico. Inicialmente, a análise parte de observações já realizadas por Davi Arrigucci Jr. sobre o poema em questão. Depois, o trabalho procura ampliar tal análise, pautando-se principalmente nas categorias de fragmento, segundo Roland Barthes (1977) e de unheimlich, conforme descrito nos registros de Sigmund Freud (1976).

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Biografia do Autor

Maria Mirtis Caser, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutora em Letras Neolatinas - Literatura em Língua Espanhola pela Universidade Federal do Rio de janeiro. Pós-doutora Universidade Ca’Fóscari- Veneza. Professora da Universidade Federal do Espírito Santo.

Silvana Athayde Pinheiro, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutoranda em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo.  Educadora na EEEFM Almirante Barroso.

Referências

ARRIGUCCI, Davi Jr., org. Os melhores poemas de José Paulo Paes. São Paulo: Global, 1998.

BARTHES, Roland. Roland Barthes por Roland Barthes. Tradução de Leyla Perrone-Moysés. São Paulo: Cultrix, 1977.

FREUD, Sigmund. O estranho. In: ____. Obras Psicológicas Completas. v. XVII. Rio de Janeiro: Imago, 1976. p. 273-318.

PAES, José Paulo. O Menino de Olho-d’Água. São Paulo: Ática, 1991.

PAES, José Paulo. Prosas Seguidas de Odes Mínimas. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

PAES, José Paulo. Quem, eu? Um poeta como outro qualquer. São Paulo: Atual, 1996.

KAMEL, Ali, ed. “A Poesia brasileira perde José Paulo Paes, 72 anos”. O Globo. Rio de Janeiro, 10 outubro 1998, p. 22.

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Publicado

06-10-2017

Como Citar

CASER, M. M.; PINHEIRO, S. A. Nós poéticos de José Paulo Paes. Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, [S. l.], v. 34, p. 31–43, 2017. DOI: 10.5433/1678-2054.2017v34p31. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/30801. Acesso em: 28 mar. 2024.