Ritmo e significado, de Hans Ulrich Gumbrecht
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2023vol43n1p117Palavras-chave:
ritmo, significado, funções do ritmoResumo
Partindo da ideia de que a associação entre ritmo e corpo nunca foi vista como um problema para a crítica literária, este ensaio objetiva não apenas esmiuçar o conceito de ritmo como também fornecer parâmetros sólidos para a investigação do fenômeno a partir da análise de suas funções dentro do texto literário. Serão utilizadas como base as ideias de Humberto Maturana e Francisco Varela, bem como o pensamento de Paul Zumthor, que levantou a linha de investigação acadêmica segundo a qual a “dinâmica da voz” é aspecto importante para os fenômenos relacionados ao ritmo. Pretende-se, a partir da análise realizada no ensaio, desestabilizar a ideia segundo a qual o ritmo sublinha o significado, convidando críticos, professores e leitores para uma reflexão acerca do fenômeno e esboçando uma linha de investigação até então pouco explorada e que consiste em elemento constituinte do que o próprio autor irá chamar, em outro ensaio de sua autoria, de campo não-hermenêutico e das materialidades da comunicação.
Referências
BENVENISTE, Émile. La notion de “rythme” dans son expression linguistique. Problèmes de linguistique générale. Paris: Gallimard, 1966. 327-335.
HUSSERL, Edmund. Die Vorlesungen über das innere Zeitbewußtsein aus dem Jahre 1905. Edmund Husserl, ed. Zur Phänomenologie des inneren Zeithewußtseins (1893-1917). Den Haag: Nijhoff, 1966 [1905]. 3-98. DOI: https://doi.org/10.1007/978-94-015-3945-6_1
JAKOBSON, Roman. Linguistik und Poetik. Poetik: Augeswählte Aufsätze 1921-1971. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1979 [1960]. 83-121.
LUHMANN, Niklas. Das Kunstwerk und die Selbstreproduktion der Kunst. Hans Ulrich Gumbrecht & K. Ludwig Pfeiffer, eds. Stil: Geschichten und Funktionen eines kulturwissenschaftlichen Diskurselements. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1986. 620-672.
MATURANA, Humberto R. Biologie der Sprache: Die Epistemologie der Realität. Humberto R. Maturana. Erkennen: Die Organisation und Verkörperung von Wirklichkeit. Braunschweig: Vieweg, 1982. 236-271. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-322-91090-5_10
MATURANA, Humberto R. & Francisco J. Varela. Der Baum der Erkenntnis: Die biologischen Wurzeln des menschlichen Erkennens. Bern: Scherz, 1987.
MEAD, George Herbert. Die Philosophie der Sozialität. George Herbert Mead & Hansfried Kellner, eds. Philosofie der Sozialität: Aufsätze zur Erkenntnisanthropologie. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1969 [1929]. 229-271
SCHÜTZ, Alfred. Der sinnhafte Aufbau der sozialen Welt: Eine Einführung in die verstehende Sociozoligie. Vienna: Springer, 1960. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-7091-5948-4
ZUMTHOR, Paul. Introuction à la poésie orale. Paris: Seuil, 1983.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Greicy Pinto Bellin, Ana Paula Costa de Oliveira Padovino
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution International 4.0 License, permitido o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho em linha (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.