“Talvez o mundo pare de acabar tão depressa”: sobre um poema de Filipa Leal
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2018v36p54Palabras clave:
Poesia contemporânea, Filipa Leal, Mário de Sá-Carneiro, Experiência.Resumen
A reflexão para a escrita deste artigo tem início no manifesto escrito pela poeta portuguesa Filipa Leal. A partir da defesa dos leitores de poesia, a poeta parece, ironicamente, contestar a posição dos leitores dos romances. No entanto, podemos observar que alguns críticos notam a presença de uma narratividade nos poetas contemporâneos. Essa característica parece confirmar que a ausência de um gênero mais presente, que não é uma novidade da poesia contemporânea, se confirma como uma possibilidade de falar sobre um tempo que produz suas especificidades. Um exemplo está presente no poema que dá título ao livro, “Vem à quinta-feira”, que é uma referência a um poema de Mário de Sá-Carneiro. Em outros livros de Filipa Leal, podemos notar a presença de uma reflexão sobre a liquidez da contemporaneidade, uma possível chave de leitura para a confirmação da tese benjaminiana de que a narração seria uma forma genuína manutenção da experiência. Logo, ocorre um princípio da narração que parece ser relevante para a experiência.
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