Movimentos de um drama estático: memória e subjetividade na constituição de um "dramático (sem sujeito)"
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2008v14p66Palavras-chave:
Memória, Subjetividade, Sonho, EntrelugarResumo
O trabalho propõe uma análise do drama da memória e da subjetividade na constituição de um “dramático (sem sujeito)” num dos primeiros textos do gênero drama de Fernando Pessoa: Drama estático em um quadro: o marinheiro. O conceito de dramático é compreendido em sua força de deslocamento da própria subjetividade, que deveria ser pressuposta para a narração de si. Negando também a cronologia e a ação física do gênero para mover-se entre sonho e vigília, o Drama estático aciona um movimento imagético em um quadro, fazendo com que a vivência da imagem coloque em xeque as noções de passado factual, identidade imutável e memória voluntária.Downloads
Referências
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