A cidade deteriorada: distopia literária e ecologia na ficção de Ignácio de Loyola Brandão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2008v12p5

Palavras-chave:

Literatura, Cidade, Distopia, Ecocrítica

Resumo

O objetivo deste texto é problematizar a construção do espaço urbano, contrapondo-o à realidade aparente do fim do século 20, na narrativa Não verás país nenhum (1981), de Ignácio de Loyola Brandão. Adota-se a perspectiva interpretativa da distopia literária, a partir de Levitas (1990) e Cavalcanti (2006), e da ecocrítica, baseada em Guatarri (1989) e Garrard (2006). Parte-se do pressuposto de que o espaço urbano literário, por apresentar uma cidade bastante negativa do ponto de vista social – considerando-se a realidade aparente –, configura-se uma distopia, apontando para uma cidade que exige de seus moradores cuidados maiores com o habitat ou com a ecologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Antonio de Pádua Dias da Silva, Universidade Estadual da Paraíba

Professor da Universidade Estadual da Paraíba.

Referências

BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Não verás país nenhum. 24. ed. São Paulo: Global,
2001.

CAMPELLO, Eliane. “A visão distópica de Atwood na literatura e no cinema.” Interfaces Brasil/Canadá (Belo Horizonte) 1.3 (2003): 1-14.

CAVALCANTI, Ildney. Articulating the elsewhere: utopia in contemporary feminist dystopias. 1999. Tese, University of Strathclyde, Glasgow, Escócia.

CAVALCANTI, Ildney. “Feminismo, literatura e utopia: reflexões sobre uma “fotografia”.: Leitura (Maceió) 32 (jun/dez 2003): 29-44.

CAVALCANTI, Ildney. “Oryx an Crake: restos de natureza e de cultura na distopia (quase) pós-humana de Margareth Atwood.” Alfredo Cordiviola, Derivaldo dos Santos e Ildney Cavalcanti,

orgs. Fábulas da iminência: ensaios sobre literatura e utopia. Recife: Programa de PósGraduação em Letras/UFPE, 2006. 41-56.

ERICKSON, Glen & Sandra Erickson. As imagens da utopia: tropos, metáforas, fantasias. Alfredo Cordiviola, Derivaldo dos Santos e Ildney Cavalcanti, orgs. Fábulas da iminência: ensaios sobre literatura e utopia. Recife: Programa de Pós-Graduação em Letras/UFPE, 2006. 15-32.

GARRARD, Greg. Ecocrítica. Brasília: Editora Universitária/UnB, 2006.

GEBAUER, Günter & Christoph Wulf. Mimese na cultura. São Paulo: Annablume, 2004.

GUATARI, Félix. Les trois écologies. Paris: Galilée, 1989.

HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria e ficção. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

KELLNER, Douglas. “Como mapear o presente a partir do futuro: de Baudrillard ao cyberpunk.” A cultura da mídia. Bauru: EDUSC, 2001. 377-412.

LEVITAS, Ruth. The concept of utopia. Hempstead: Philip Allan, 1990.

MOYLAN, Tom. “Utopia and postmodernity: six thesis.” Jeanne Randolph, org. The city within. Banff: Banff Centre for the Arts, 1992. 3-14.

SANTOS, Luciana Novais dos. Não verás país nenhum: o itinerário do protagonista na ficção de Ignácio de Loyola Brandão. Diss., Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística, Universidade Federal de Alagoas, 2005.

SILVERMAN, Malcom. Protesto e o novo romance brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

Downloads

Publicado

23-03-2016

Como Citar

Silva, Antonio de Pádua Dias da. “A Cidade Deteriorada: Distopia literária E Ecologia Na ficção De Ignácio De Loyola Brandão”. Terra Roxa E Outras Terras: Revista De Estudos Literários, vol. 12, março de 2016, p. 5-15, doi:10.5433/1678-2054.2008v12p5.