Línguas adicionais na escola- da zona de diferença à zona de transformação

Autores

  • Ana Cecilia da Gama Torres Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
  • Maria Inêz Probst Lucena Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGLg/ UFSC).

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2017v20n1p167

Palavras-chave:

língua adicional, heterogeneidade, teoria socio-cultural,

Resumo

Resumo: No presente artigo argumentamos que os tradicionais estereótipos referentes ao aprendiz de línguas, como a denominação de falante não nativo, os estigmas em relação à língua adicional emergente e os estilos de avaliação que enfocam apenas conteúdos e habilidades sem considerar as múltiplas experiências dos educandos podem obscurecer as práticas de linguagem que, ao surgirem localmente, quando reconhecidas, têm o potencial de tornar-se recursos para a organização da aprendizagem e para ampliar as formas de participação nas várias esferas da lida cotidiana. Importa esclarecer que qualquer possibilidade de ampliação é mediada por comunicações localmente situadas e que estão abertas a interpretações. Entendemos que, em uma língua adicional, as pessoas teriam sim possibilidades de lançar mão de práticas de linguagem “diferenciadas” para participar de experiências com a língua emergente e, assim, alcançar seus objetivos sociais. Concluímos que deixar de reconhecer a riqueza da heterogeneidade que surge localmente é um grande prejuízo, porém reconhecê-la e interpretá-la em tempo real não é uma aspiração trivial.

Biografia do Autor

Ana Cecilia da Gama Torres, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Santa Catarina

Professora de ensino básico, técnico, tecnológico do Instituto Federal de Santa Catarina. 

Doutora em Letras- UFSC/ PGI

Atua na área de ensino de línguas estrangeiras modernas, e letramentos.   


Maria Inêz Probst Lucena, Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGLg/ UFSC).

Maria Inêz Probst Lucena possui graduação em Letras Licenciatura Inglês Português pela Universidade Federal de Santa Catarina (1987), mestrado em Letras (Inglês e Literatura Correspondente) pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998) e doutorado em Letras na área de Estudos da linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006). É professora efetiva- E4 do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina e atua como membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSC. Tem experiência na área de Lingüística Aplicada e Estudos da linguagem, tendo atuado principalmente com os seguintes temas: ensino/aprendizagem de língua estrangeira, formação de professores e avaliação da aprendizagem. Atualmente, desenvolve estudos etnográficos com base na linguistica Aplicada, destacando aspectos socioculturais, políticos e ideológicos presentes no ensino/aprendizagem de Línguas. Busca discutir as práticas de linguagem especialmente no espaço da escola pública. Ë coordenadora pedagógica do curso de doutorado interinstitucional entre a UFSC e os Institutos Federais de Santa Catarina - Dinter UFSC/IFSC. E-mail: lucena.inez@gmail.com 

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Publicado

2017-05-06

Como Citar

TORRES, Ana Cecilia da Gama; LUCENA, Maria Inêz Probst. Línguas adicionais na escola- da zona de diferença à zona de transformação. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 20, n. 1, p. 167–185, 2017. DOI: 10.5433/2237-4876.2017v20n1p167. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/25223. Acesso em: 23 jul. 2024.