Interfaces da educação química com a cultura popular no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2023v44n2p279Palavras-chave:
Saberes populares, Ensino de química, Dissertações e tesesResumo
A proposta de inserção dos saberes populares no ensino de química já tem mais de 30 anos de idade no Brasil. Desde a sua proposição na década de 1990, configura atualmente um campo de estudos profícuo, diverso e criativo. Neste texto, revisitamos esta proposta e analisamos as dissertações e teses desenvolvidas no país no período de 2014 a 2022, buscando identificar a apropriação da proposta original e de outros referenciais, os temas de pesquisas, as metodologias e seus principais resultados. Notamos ter se instalado uma tradição de pesquisa essencialmente qualitativa, bem como a consolidação da compreensão de que a interface com a educação depende de haver sinergia entre os saberes populares e acadêmicos. As pesquisas acadêmicas revelaram ainda a penetração de outros aportes teóricos e metodológicos e o crescimento numérico de intervenções na escola básica, onde destacamos as contribuições dos mestrados profissionais e a promissora adoção de referenciais teórico-metodológicos da antropologia e da análise do discurso para a elaboração de descrições mais densas sobre os saberes populares.
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