Avaliação da composição química, nutricional e da aceitabilidade sensorial de diferentes cultivares de batata-doce
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n3p1127Palavras-chave:
Genótipos, Ipomoea batatas, Raiz tuberosa.Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química, física e nutricional e a aceitabilidade sensorial de diferentes cultivares de batata-doce, visando classificar os melhores genótipos para o consumo humano. Foram avaliados 10 genótipos extraídos do Banco de Germoplasma da UNICENTRO, Guarapuava, PR. Os cultivares foram avaliados em relação à aceitabilidade sensorial e à composição química (açúcares redutores; açúcares não redutores; açúcares totais; pH; sólidos solúveis totais; acidez titulável; relação sólidos solúveis totais/acidez titulável; cor instrumental) e nutricional (umidade; cinzas; proteína; lipídio; carboidrato; energia; carotenoides totais e; ácido ascórbico). Maiores notas (p 0,05). Em geral, os tubérculos apresentaram cor clara (valores de L* maiores que 50%), com tom de amarelo (b*) e subtom de verde (valores de a* negativos). Exceção foi verificada para o genótipo UGA 34, que apresentou maior tom de vermelho (valor de a* positivo) e subtom de amarelo. As cultivares mais indicadas para o consumo humano foram UGA 34 (perfil nutricional favorável), UGA 45 (melhor aceitabilidade e favorável composição química e nutricional) e Amorano (melhor aceitabilidade e favorável composição química). Contrariamente, o genótipo UGA 29 pode ser caracterizado como o menos propício ao consumo. Isso, porque apresentou menor aceitação pelos consumidores, além de inferior caracterização química e nutricional. Conclui-se que as cultivares de batata-doce brasileiras mais indicadas para consumo humano são a UGA 34, UGA 45 e Amorano, considerando que apresentam características químicas, nutricionais e de aceitabilidade sensorial mais favoráveis. O genótipo UGA 29 pode ser caracterizado como o menos recomendado para o consumo.Downloads
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