Resistência ao trato gastrointestinal humano de linhagens de Lactobacillus isoladas de fezes de crianças

Authors

  • Magali Soares dos Santos Pozza Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Lucia Helena da Silva Miglioranza Universidade Estadual de Londrina
  • José Eduardo Garcia Universidade Federal de Pernambuco
  • Sandra Garcia Universidade Estadual de Londrina
  • Paulo Cesar Pozza Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2011v32n3p1021

Keywords:

Barreiras biológicas, inibição por Oxgall, Tolerância a fenol, Resistência a acidez.

Abstract

A sobrevivência de bactérias probióticas durante o trânsito no trato gastrointestinal é fundamental, e implica na capacidade de sobrevivência dos microrganismos à acidez do estômago e a bile para que elas possam exercer os seus efeitos benéficos sobre o hospedeiro. O objetivo deste estudo foi avaliar, "in vitro", cepas de Lactobacillus originadas de material fecal de crianças de um ano de idade para o processo de seleção de microrganismos probióticos. Linhagens comerciais de L. casei (Lc 01TM) e L. acidophilus (La-05 TM) foram utilizadas como controle. A primeira triagem resultou no isolamento de 75 colônias provenientes de seis amostras de fezes. Os isolados foram apresentados como Gram positivos, principalmente bacilos (cocobacilos, bacilos longos e finos), e raramente cocos. Estes foram submetidos a testes de catalase e avaliados quanto à presença de esporos, resultando em 30 amostras pré-selecionadas. Entre estas cepas, oito linhagens: L4, L5, L12, L19, L20, L22, L23, L24 foram as mais resistentes à inibição por Oxgall. Estas oito cepas foram também resistentes às condições ácidas (pH 3,0) e todas as cepas foram capazes de crescer na presença de fenol. Os resultados dos tratamentos foram comparados através do teste Student Neuman Keuls a 5% de probabilidade, com análises de regressão feitas em diferentes tempos, para verificar a tolerância às condições do trato intestinal. Os resultados demonstraram que as oito cepas estudadas foram capazes de sobreviver às condições de estresse gastrointestinal, indicando potencial para utilização como probióticos. A alta taxa de sobrevivência das cepas probióticas, em condições que simulam o trânsito no trato gastrintestinal depende da cepa utilizada e, assim, é vital conduzir uma boa seleção de cepas para o desenvolvimento de produtos lácteos probióticos.

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Author Biographies

Magali Soares dos Santos Pozza, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Profª Drª da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE. Marechal Candido Rondon.

Lucia Helena da Silva Miglioranza, Universidade Estadual de Londrina

Profa Dra docente do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, atua no Programa de Pós Graduação em Ciência de Alimentos da Universidade Estadual de Londrina.

José Eduardo Garcia, Universidade Federal de Pernambuco

Pesquisador bolsista ProDoc/CAPES, no Departamento de Bioquimica /CCE/ UEL no período 2005-2007, e atualmente é Professor do Centro Acadêmico de Vitória, da Universidade Federal de Pernambuco.

Sandra Garcia, Universidade Estadual de Londrina

Profª Drª do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, atua no Programa de Pós Graduação em Ciência de Alimentos da Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR.

Paulo Cesar Pozza, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Prof. Dr. do Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE. Marechal Candido Rondon.

Published

2011-08-25

How to Cite

Pozza, M. S. dos S., Miglioranza, L. H. da S., Garcia, J. E., Garcia, S., & Pozza, P. C. (2011). Resistência ao trato gastrointestinal humano de linhagens de Lactobacillus isoladas de fezes de crianças. Semina: Ciências Agrárias, 32(3), 1021–1032. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2011v32n3p1021

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