Balanço e eficiência energética em sistemas de rotação de culturas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n6SUPL2p3651

Palavras-chave:

Agricultura conservacionista, Balanço energético, Diversificação de culturas, Energia na agricultura, Sucessão de culturas.

Resumo

O modelo de sistema de produção que vem sendo adotado na maioria das regiões brasileiras, a sucessão de soja/milho segunda safra, é um sistema que vem acarretando problemas na conservação da água e dos solos, e também levando a condições favoráveis para doenças, pragas e plantas daninhas no sistema agrícola e consequentemente elevando o uso de energia no sistema. A alternativa para esse modelo de produção é a rotação de cultura, no qual, pode interferir diretamente nos pontos problemáticos do sistema de sucessão de culturas e consequentemente no balanço de energia dos sistemas. Portanto, o objetivo do presente estudo é identificar o sistema de rotação de culturas, com melhor balanço e eficiência energética. Os dados de quantidade de insumos (sementes, adubos, defensivos e combustível), mão de obra homem e rendimento de grãos utilizados no estudo, foram coletados de um experimento de rotação de culturas conduzido na estação experimental do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER, Londrina-PR, durante os anos de 2014 a 2020. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos do experimento são: T1 (milho segunda safra/soja); T2 (aveia branca/soja; triticale/milho; trigo/soja); T3 (centeio + aveia preta/soja; aveia preta + nabo forrageiro/milho; braquiária/soja); T4 (canola/milho; crambe/milho; canola/soja); T5 (trigo mourisco - nabo forrageiro/milho; feijão/soja; trigo mourisco - aveia branca/soja) e T6 (trigo/milho; canola/milho + braquiária; feijão/soja). As diferentes rotações, bem como o sistema tradicional milho segunda safra/soja, proporcionaram balanço e eficiência energética positiva, ou seja, produziram mais energia do que consumiram. O sistema de rotação com canola/milho; crambe/milho; canola/soja apresentou o maior balanço e maior eficiência energética, com 866.442,27 MJ ha-1 e 10,27, respectivamente, em decorrência principalmente do cultivo do milho no verão, que resultou maior retorno energético em relação às demais culturas produtoras de grãos.

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Biografia do Autor

Henrique Giordani Martini Ferreira, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná

Mestre em Agricultura Conservacionista, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, IDR-Paraná, IAPAR-Emater, Londrina, PR, Brasil.

Ivan Bordin, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná

Pesquisador, IDR-Paraná, IAPAR-Emater, Londrina, PR, Brasil.

Osmar Maziero Buratto, Cocamar Cooperativa Agroindustrial

Engo Agro, Cocamar Cooperativa Agroindustrial, Cambé, PR, Brasil.

Laíse da Silveira Pontes, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná

Pesquisador, IDR-Paraná, IAPAR-Emater, Ponta Grossa, PR, Brasil,

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Publicado

2021-10-08

Como Citar

Ferreira, H. G. M., Bordin, I., Buratto, O. M., & Pontes, L. da S. (2021). Balanço e eficiência energética em sistemas de rotação de culturas. Semina: Ciências Agrárias, 42(6SUPL2), 3651–3666. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n6SUPL2p3651

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