Degradabilidade ruminal de leguminosas tropicais da Amazônia Oriental

Autores

  • Ermino Braga Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Ermino Braga Filho Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará
  • Jamile Andréa Rodrigues da Silva Universidade Federal Rural da Amazônia http://orcid.org/0000-0002-6400-6925
  • Cristian Faturi Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Felipe Nogueira Domingues Universidade Federal Rural da Amazônia
  • José de Brito Lourenço Júnior Universidade Federal do Pará http://orcid.org/0000-0001-6441-4577

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n2p845

Palavras-chave:

Degradação, Proteína bruta, Matéria seca, Fibra em detergente neutro.

Resumo

Objetivou-se avaliar os parâmetros relativos a degradação ruminal da matéria seca (MS), da proteína bruta (PB) e da fibra em detergente neutro (FDN) contidas nas amostras de leguminosas Cratylia argentea, Flemingia macrophylla (Willd) Merril e Stylosanthes guyanensis cv Campo Grande (EMBRAPA), com idades de 55 e 75 dias, em ovinos com cânulas ruminais, pela técnica “ in situ”. Utilizou-se um arranjo fatorial de 3 leguminosas x 2 idades x 6 tempos de incubação, totalizando 36 unidades experimentais. O período experimental foi de 14 dias de adaptação à dieta e cinco de coleta de dados. Para a degradabilidade da MS, a Cratylia, em ambas as idades e a Flemingia, com 55 dias, destacaram-se com maior fração “a”. Para a fração “a” da PB, as leguminosas Cratylia aos 55 dias e Stylosanthes, de ambas as idades, se destacaram com os maiores valores. O maior valor da fração “b” da MS foi encontrado para a Stylosanthes aos 55 dias, com 51,27%. Nas demais leguminosas, essa taxa foi menor, destacando-se a Flemingia em ambas as idades. Os valores de fração “b” da FDN da Flemíngia são considerados baixos, deduzindo-se ser de menor degradação no rúmen. A maior taxa de degradação da fração “c” da MS foi observada em todas as leguminosas estudadas na idade de 75 dias. Para a fração “c” da PB, o maior valor foi de 14,84%, da leguminosa Stylosanthes, de 75 dias. Os maiores valores da fração “kd” da MS, da FDN e da PB foi da Flemingia. Quanto à degradabilidade efetiva (DE) da MS às 2 e 5%/hora, as leguminosas Cratylia e Stylosanthes, de 75 dias, apresentaram valores superiores em relação à Flemingia, em ambas as idades. Para a DE da FDN, as leguminosas Cratylia e Stylosanthes tiveram os maiores valores, independente da taxa de passagem. A leguminosa Stylosanthes de ambas as idades apresentou maiores valores de DE da PB, em todas as taxas de passagem apresentadas. A maior degradabilidade potencial da MS, FDN e PB obtida foi para a Cratylia e Stylosanthes, em ambas as idades. As leguminosas Cratylia e Stylosanthes podem ser recomendadas para formação de banco de proteína e suplementação alimentar de ruminantes. Já a Flemingia macrophylla (Willd) Merril, por apresentar elevados teores da frações fibrosas, deve ser evitada como fonte suplementar protéica na dieta de ruminantes.

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Biografia do Autor

Ermino Braga, Universidade Federal Rural da Amazônia

Prof. Dr., Instituto de Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia, ISPA/UFRA, Belém, PA, Brasil.

Ermino Braga Filho, Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará

Médico Veterinário, Fiscal Agropecuário, Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, ADEPARA, Belém, Pará, Brasil.

Jamile Andréa Rodrigues da Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia

Profa Dra, Instituto de Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia, ISPA/UFRA, Belém, PA, Brasil.

Cristian Faturi, Universidade Federal Rural da Amazônia

Prof. Dr., Instituto de Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia, ISPA/UFRA, Belém, PA, Brasil.

Felipe Nogueira Domingues, Universidade Federal Rural da Amazônia

Prof. Dr., Instituto de Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia, ISPA/UFRA, Belém, PA, Brasil.

José de Brito Lourenço Júnior, Universidade Federal do Pará

Prof. Dr., Programa de Pós-graduação em Ciência Animal, Universidade Federal do Pará, UFPA, Campus Castanhal, PA, Brasil.

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Publicado

2018-03-15

Como Citar

Braga, E., Braga Filho, E., Silva, J. A. R. da, Faturi, C., Domingues, F. N., & Lourenço Júnior, J. de B. (2018). Degradabilidade ruminal de leguminosas tropicais da Amazônia Oriental. Semina: Ciências Agrárias, 39(2), 845–854. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n2p845

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