Saberes e sentidos sobre práticas avaliativas de professores-referência na formação docente em história
DOI:
https://doi.org/10.5433/2238-3018.2022v28n1p135-160Palavras-chave:
práticas avaliativas, professores-referência, saberes docentes, geração histórica de sentido, aprendizagem históricaResumo
Considerando que avaliar é uma prática orientada e produtora de saberes, este artigo problematiza saberes e sentidos de professores e estudantes gerados em torno das práticas avaliativas de 6 professores-referência na formação docente em História de 3 cursos diferentes de uma universidade pública cearense. A pesquisa foi realizada entre março e dezembro de 2020, durante as primeiras ondas da pandemia de Covid-19, sendo coletados e analisados depoimentos dos licenciandos no questionário de seleção dos sujeitos de pesquisa, planos de disciplina, produções acadêmicas e entrevistas de história oral de vida dos professores-referência. Nessas narrativas, os professores indicam que as práticas avaliativas ao longo de suas vidas docente são tanto norteadas quanto norteadoras de uma multiplicidade de saberes experienciais e da ação didática, oriundos das múltiplas dimensões da cultura-identidade-aprendizagem histórica, e comunicadas de variados modos historicamente situados de sentido (principalmente o modo genético). Os licenciandos reconhecem intersubjetivamente estes saberes e sentidos e os tomam como referenciais para a docência em História,
os quais potencialmente reverberarão na Educação Básica. Concluímos que o diálogo entre Epistemologia da Prática Docente, Didática da História e Avaliação favorece compreender o potencial das práticas avaliativas de formadores de professores na constituição das aprendizagens históricas docentes.
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