A assimilação na libras: um estudo baseado em dados naturalísticos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2024v24n1p287-314

Palavras-chave:

Libras, Assimilação regressiva, Assimilação progressiva

Resumo

De acordo com Friedman (1975), a assimilação consiste na cópia, por uma dada unidade fonológica, de características de unidades adjacentes. Tanto nas línguas faladas quanto nas línguas sinalizadas esse processo fonológico pode apresentar duas direções: da direita para a esquerda, denominada regressiva, e da esquerda para a direita, designada como progressiva. O objetivo deste trabalho é analisar, com base em dados naturalísticos, a assimilação na língua brasileira de sinais, libras. Para isso, analisamos 59 dos 60 vídeos postados por Gabriel Isaac, um youtuber surdo, sinalizante e goiano, em seu canal no Youtube entre janeiro de 2016 e dezembro de 2021, totalizando 15h58min de gravação. Como resultado, identificamos casos de assimilação envolvendo a configuração de mão, a localização e número de mãos. A assimilação da localização foi a mais frequente,  correspondendo a 57% dos dados. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, aparecem a assimilação do número de mãos (33%) e da configuração de mão (9%). Além disso, diferentemente do que relata Friedman (1975) para as línguas orais e para a língua de sinais americana, ASL, a assimilação progressiva foi mais frequente (81%) do que a regressiva (19%) nos dados da libras aqui analisados. 

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Biografia do Autor

Amanda Regina Silva, Universidade Federal do Paraná

Licenciada em Letras Libras, mestra e doutoranda em Letras pela UFPR.

André Xavier, Universidade Federal do Paraná

Mestre em Semiótica e Linguística Geral pela USP e doutor em Linguística pela Unicamp. Professor do curso de licenciatura em Letras Libras da UFPR.

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Publicado

30-06-2024

Como Citar

SILVA, Amanda Regina; XAVIER, André. A assimilação na libras: um estudo baseado em dados naturalísticos. Entretextos, Londrina, v. 24, n. 1, p. 287–314, 2024. DOI: 10.5433/1519-5392.2024v24n1p287-314. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/50484. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos