Consciência sintática e traços argumentativos em textos de alunos: um estudo longitudinal
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2024v24n1p249-267Palavras-chave:
estruturas sintáticas, argumentação, análise linguísticaResumo
O presente artigo relaciona estruturas sintáticas escritas por estudantes em transição para o Ensino Médio e o potencial argumentativo de seus textos. Adota-se a ideia de Consciência Sintática (Vieira;Faraco, 2020), discutida no âmbito do texto dissertativo-argumentativo, aos moldes do que se solicita no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Com atividades planejadas, observou-se a trajetória dos estudantes na escrita desses textos, com foco na gradativa presença e diversidade de articuladores textuais e, conjuntamente, de adequadas relações lógico-semânticas, recursos que promovem textos mais organizados e consistentes. Foi aplicada uma Sequência Didática (SD) (Dolz; Noverraz; Schneuwly, 2004), alinhada a um ensino funcionalmente planejado, considerando o uso linguístico. Durante o desenvolvimento da SD, as produções dos mesmos alunos foram observadas em três momentos distintos (final do 9º ano e em dois momentos no 1º ano do Ensino Médio). Como resultado, o que se observou foi a presença de poucos articuladores nos textos iniciais, diferentemente das versões finais, nas quais houve expansão de emprego e diversificação do uso de articuladores textuais e, consequentemente, mais relações lógico-semânticas estabelecidas.
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