Variação pronominal nós/a gente na fala de norte-paranaenses: o papel dos fatores extralinguísticos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2024v24n1p152-171Palavras-chave:
primeira pessoa do plural, língua falada, sociolinguística variacionistaResumo
É consensual que a variação é uma das características das línguas em geral. Embora existam regras gramaticais categóricas, isto é, que não podem ser violadas pelos falantes, há, por outro lado, regras variáveis, dentre as quais se destaca a variação da primeira pessoa do plural. Mesmo que, invariavelmente, as gramáticas normativas tragam o mesmo quadro de pronomes-sujeito, tal sistema pronominal já não corresponde à realidade linguística brasileira, em que existem dois pronomes de primeira pessoa do plural: nós e a gente, os quais são recorrentemente encontrados em diferentes regiões do país. Posto isso, o presente trabalho, baseado na metodologia da Sociolinguística Variacionista, objetiva examinar a variação pronominal de primeira pessoa do plural na fala de norte-paranaenses. Para tanto, analisam-se 15 entrevistas de informantes norte-paranaenses, com o intuito de verificar, também, como os fatores extralinguísticos sexo, faixa etária e grau de escolaridade atuam na realização do fenômeno linguístico em questão. Após a análise, verificou-se que, no Norte do Paraná, há preferência pelo a gente como pronome-sujeito de primeira pessoa do plural, independentemente dos fatores sociais analisados.
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