A arte das palavras: Mário Faustino em diálogos teóricos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2020v38p41Palavras-chave:
Linguagem poética, Mário Faustino, Teoria literáriaResumo
Nascido em Teresina, no Piauí, cedo Mário Faustino ingressou, ainda jovem, no jornalismo brasileiro, sobretudo como crítico de poesia no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro. Sua coluna, “Poesia-Experiência”, publicada nos anos de 1950 no Suplemento Dominical, foi palco de reflexões acerca dos problemas norteadores da linguagem poética em suas mais variadas acepções. Este artigo aborda, em especial, o texto “Que é poesia?”, cujos argumentos em torno da linguagem literária, desdobrada em duas maneiras de composição (a poética e a prosaica), dialogam com outros importantes autores do meio teórico, contemporâneos ou extemporâneos à sua reflexão. Os diálogos aqui propostos, ora convergentes ora divergentes, seguem a intuição e o poder de síntese conceitual do piauiense, que conseguiu resumir em poucas páginas alguns dos problemas que, há décadas, ocupam os estudos de literatura, ainda sem resolução.
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