A ironia romântica de Friedrich Schlegel e sua presença no romance "Mayombe", de Pepetela

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2014v27p38

Palavras-chave:

Friedrich Schlegel, Ironia romântica, Pepetela, Literatura contemporânea angolana

Resumo

A ironia romântica de Friedrich Schlegel (1772-1829) assimila a antiga ironia socrática, reinterpreta seu significado e a insere como um dos elementos centrais de sua teorização crítico-literária. Enquanto beleza lógica e forma do paradoxo, ela é um instrumento de metacrítica e locus de autorreflexão filosófica e crítico-literária. Esse artigo analisa e discute a ironia romântica e sua inserção no romance Mayombe (1980), de Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, o Pepetela. Busca-se compreender como a ironia romântica transforma a obra em espaço de reflexão sobre os problemas sociais de seu tempo, possibilita a exteriorização objetiva, ao mesmo tempo em que permite a incorporação dialética da própria história.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Constantino Luz de Medeiros, Universidade de São Paulo

Mestre e Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo.

Referências

AMORIM, Cláudia & Mariana Paladino. Cultura e Literatura Africana e Indígena. Curitiba: IESDE Brasil, 2012.

BEEKS, Robert. Etymological Dictionary of Greek. Vol. I. Boston: Brill, 2010.

BEHLER, Ernst. Klassische Ironie. Romantische Ironie. Tragische Ironie. Zum Ursprung dieser Begriffe. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1972.

BEHLER, Ernst. Ironie und literarische Moderne. Paderborn: Ferdinand Schöningh, 1997.

BENJAMIN, Walter. O conceito de critica de arte no Romantismo alemão. São Paulo: Iluminuras, 2011.

CHAVES, Rita. Mayombe: um romance contra correntes. Tania Macedo & Rita Chaves, orgs. Portanto...Pepetela. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009.

CHAVES, Rita. Pepetela: romance e utopia na história de Angola. Revista de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa (São Paulo). 2012, vol. 21, n. 2, pp. 217-232.

CUDDON, J. A. Dictionary of Literary Terms and Literary Theory. London: Penguin Reference Books, 1998.

CURTIUS, Ernst Robert. Friedrich Schlegel und Frankreich. Kritische Essays zur Europäischen Literatur. Bern: A. Francke Verlage, 1950.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Die Ironie. Hans-Egon Hass & Gustav-Adolf Mohrlüder. Ironie als literarisches Phänomenon. Köln: Kiepenheuer & Witsch, 1973, pp. 340- 349.

KNOX, Norman. Die Bedeutung von Ironie. Einführung und Zusammenfassung. HansEgon Hass & Gustav-Adolf Mohrlüder. Ironie als literarisches Phänomenon. Köln: Kiepenheuer & Witsch, 1973.

MACEDO, Tania. O romance em Angola: Ficção e história em Pepetela. Maria Luísa dos Remédios & Regina da Costa Silveira, orgs. Redes & Capulanas. Identidade, cultura e história nas literaturas lusófonas. Porto Alegre: Editora Uniritter, 2002.

PEPETELA. Mayombe. Lisboa: Edições 70, 1982.

SCHLEGEL, Friedrich. Philosophische Lehrjahre. Kritische Friedrich-Schlegel-Ausgabe. Bd. XVIII. Paderborn: Ferdinand Schöningh, 1963.

SCHLEGEL, Friedrich. Kritische Fragmente. Kritische Friedrich-Schlegel-Ausgabe. Bd. II. Paderborn: Ferdinand Schöningh, 1967.

SCHLEGEL, Friedrich. Studien des Klassischen Altertums. Kritische Friedrich-Schlegel-Ausgabe. Bd. I. Paderborn: Ferdinand Schöningh, 1979.

SCHLEGEL, Friedrich. “O dialeto dos fragmentos”. São Paulo: Iluminuras, 1991.

STROHSCHNEIDER-KOHRS, Ingrid. Die romantische Ironie in Theorie und Gestaltung. Tübingen: Max Niemeyer Verlag, 2002.

SUZUKI, Márcio. O gênio romântico. Crítica e História da Filosofia em Friedrich Schlegel. São Paulo: Iluminuras, 1998.

SUZUKI, Márcio. Sobre Música e Ironia. Idealismo Alemão. Revista Dois Pontos (Curitiba – São Carlos). 2007, v. 4, n. 1, pp. 175-200.

VENDRAMINI, José Eduardo. A commedia dell’arte e sua reoperacionalização. Trans/ Form/Ação (Marília). 2002, v. 24, n. 1,pp. 57-83.

WALZEL, Oskar. Methode? Ironie bei Friedrich Schlegel und bei Solger. In: Helmut Schanze, hrsg. Friedrich Schlegel und die Kunsttheorie seiner Zeit. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1985, p. 71-94.

WATT, Ian. A Ascensão do romance. TSão Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Downloads

Publicado

20-12-2014

Como Citar

MEDEIROS, C. L. de. A ironia romântica de Friedrich Schlegel e sua presença no romance "Mayombe", de Pepetela. Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, [S. l.], v. 27, p. 38–49, 2014. DOI: 10.5433/1678-2054.2014v27p38. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/25180. Acesso em: 29 mar. 2024.