Tenho febre e escrevo: tradição e ruptura na poética de Orpheu
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2018v36p76Palavras-chave:
Orpheu, Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Futurismo saudosistaResumo
Perante os riscos de se abordar um assunto tão relevante para a literatura portuguesa, que alicerçou as bases de sua modernidade, importa inicialmente dizer que revista Orpheu, marco literário do modernismo na terra de Camões, rasurou paradigmas inaugurando outros tantos. Assim, tentando desenvolver melhor esse tema, o que pretendo aqui abordar talvez funcione como uma espécie de relativização sobre as manifestações do Futurismo em Portugal, tendo como matriz de análise os poemas do heterônimo Álvaro de Campos, Ode Triunfal, lançado no primeiro número da mencionada publicação; bem como o “antifuturista” No volante, escrito em 1928. O curioso é que alguns críticos, como Fernando Cabral Martins e Leyla Perrone-Moisés, defendem mesmo que tal atmosfera vanguardista do mencionado período revelaria um confuso pré-Futurismo em Portugal, ou um Futurismo saudosista, na verdade. Assim, evidenciando a importância do Orphismo como a novidade que esboçaria vários dos elementos que se tornariam cruciais para o estabelecimento da identidade cultural lusitana no decorrer do século XX até os dias de hoje, a pergunta que mais me interessa ao refletir sobre a questão proposta é: Fernando Pessoa/Álvaro de Campos praticaram o Futurismo tal qual o apregoado por Marinetti?Downloads
Referências
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