A resistência da poesia em Vidas Secas de Graciliano Ramos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2003v3p97Palavras-chave:
Vidas secas, Graciliano Ramos, Poesia e resistênciaResumo
Propomo-nos fazer um estudo da poesia em Vidas secas, de Graciliano Ramos, por ser uma obra cujo discurso faz ressaltar a poesia no ritmo e nas imagens que ela (re)cria. Em um meio hostil, onde o poético busca a sua sobrevivência percebemos as almas aprisionadas como objetos pelos mecanismos produtivos. Na dor de ser apenas um objeto (in)útil, o ser humano - desumanizado - fica mudo para economizar o fôlego e assim tentar resistir contra a sua (sub)condição para extrair "de si a substância vital". Assim, o silêncio se faz poesia. Na reconstrução dessa forma romanesca, a realidade é recriada através da poesia, conferindo-lhe atualidade.Downloads
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