Atitudes Linguísticas dos Informantes do Interior da Bahia por meio da Análise de Dados do ALiB
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2023v26n2p88Palavras-chave:
Sociolinguística, Atitudes linguísticas, Bahia, ALiB.Resumo
Buscamos neste artigo descrever as percepções e atitudes linguísticas dos informantes da Região Nordeste, utilizando os dados (inéditos) coletados pelo Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Referimo-nos, especificamente, à análise dos registros de 84 falantes distribuídos por 21 localidades do Estado da Bahia, por intermédio das questões 4 e 5 das perguntas metalinguísticas (Cardoso et al., 2013) que incentivam a percepção dos falantes sobre as demais variedades do país. A amostra está constituída pelas respostas de quatro informantes de cada localidade, distribuídos uniformemente entre os sexos feminino e masculino e entre duas faixas etárias I (18 a 30 anos) e II (50 a 65 anos), além da escolaridade restrita ao Ensino Fundamental, completo ou não. Fundamentamos nas teorias sobre atitudes linguísticas (Lambert; Lambert, 1972) e nos preceitos da Sociologia Variacionista (Labov, 2008 [1972]; López Morales, 2015 [1993]; Moreno Fernández, 2009 [1998]). Os resultados apontam a pluralidade de comportamentos linguísticos, ora atitudes positivas, ora negativas, sobre o falar de outrem e do próprio falar, com predomínio destas últimas.
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