Um Estudo Geolinguístico da Variável Lexical Prostituta em Manaus

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2022v25n1p125

Palavras-chave:

Dialetologia, Prostituta, Manaus., Variação Lexical

Resumo

Neste artigo, são analisadas as variantes lexicais designativas do referente prostituta no falarmanauara. Como suporte teórico, seguimos Chambers & Trudgill (1994), Radke & Thun (1996) e Thun (2010). Para a realização do estudo, foram analisados os dados coletados por meio de uma pergunta feita a moradores de quatro bairros da cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, Brasil: Praça 14 de Janeiro (Zona Sul), Nova Cidade (Zona Norte), Zumbi dos Palmares (Zona Leste) e Glória (Zona Oeste). Em cada bairro foram selecionados oito informantes para compor a análise nas dimensões diatópica (quatro bairros), diassexual (homem e mulher), diageracional (de 18 a 30 anos e de 50 a 65 anos) e diastrática (Ensino Médio completo e Ensino Superior completo), caracterizando, dessa forma, uma pesquisa geolinguística na modalidade pluridimensional. O resultado mostrou que, nesses quatro bairros, a variável lexical prostituta apresenta 10 variantes lexicais: prostituta, puta, dama da noite, garota de programa, bagaça, mulher de programa, sem vergonha, vadia, mulher da vida e cesta básica.

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Biografia do Autor

Felício Wessling Margotti, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Doutorado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - Porto Alegre. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Contato: felicio.margotti@ufsc.br

Orlando da Silva Azevedo, Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Doutorado em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - Campus de Florianópolis. Professor da Universidade Federal do Amazonas - UFAM - Campus de Manaus. Contato: orsasilva@gmail.com

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Publicado

2022-12-22

Como Citar

MARGOTTI, F. W.; AZEVEDO, O. da S. Um Estudo Geolinguístico da Variável Lexical Prostituta em Manaus. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 25, n. 1, p. 125–135, 2022. DOI: 10.5433/2237-4876.2022v25n1p125. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/45594. Acesso em: 24 abr. 2024.