A Avaliação da Textualidade no Processo de Escrita Didático-Acadêmica: um estudo de caso

Débora Liberato Arruda Hissa

doi:10.5433/2237-4876.2020v23n1p96

Autores

Débora Liberato Arruda Hissa Professora do programa de pós-graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará http://orcid.org/0000-0001-6075-5585

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2020v23n1p96

Palavras-chave:

, Estratégias de textualidade, escrita didático-acadêmica, produção de material didático.

Resumo

Neste artigo, investigamos as estratégias de textualidade desenvolvidas na escrita didático-acadêmica de material utilizado para os cursos de especialização na modalidade a distância. O corpus de pesquisa é constituído de 25 versões do texto-base do gênero webaula produzidas por 10 professores do curso de Licenciatura em Educação Profissional e Tecnológica (EPCT) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Discutimos o processo de produção do gênero webaula e analisamos a forma de textualizar e de realizar as operações linguísticas feitas pelos docentes. Ao final do estudo, vimos que os professores utilizam as operações de textualização – continuidade, progressão, não contradição, articulação – bem como a informatividade, heterogeneidade marcada como principais estratégias textual-discursivas. Tais operações se dão a partir de uma articulação direta com o modo de produção colaborativo do material didático, a perspectiva de reversibilidade discursiva e a dupla audiência prevista pelos sujeitos para o texto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Débora Liberato Arruda Hissa, Professora do programa de pós-graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará

Doutora em Linguística Aplicada. Professora do programa de pós-graduação em Linguística Aplicada (PosLA) e do mestrado Profissional em Letras (Profletras) da Universidade Estadual do Ceará

Referências

ANTUNES. I. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola, 2010.

AUTHIER-REVUZ, J. Heterogeneidade(s) enunciativa(s). Cadernos de estudos linguísticos, Campinas, Unicamp – IEL, n. 19, jul./dez.,1990.

CAVALCANTE, M. M. Os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2014.

CAVALCANTE, M. M; CUSTÓDIO FILHO, V; BRITO. M. A. Coerência, Referenciação e Ensino. 1ª edição. São Paulo: Cortez, 2014.

CHAROLLES, M. Introduction aux problèmes de la cohérence des textes: approche théorique et étude des pratiques pédagogiques. Langue française, n. 38, Paris, Larousse. p. 7-41, maio, 1978. Disponível em: http://www.persee.fr/doc/lfr_0023-8368_1978_num_38_1_6117. Acesso em: 22 mar. 2015.

KOCH, V; ELIAS, M. V. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

_______. Escrever e Argumentar. São Paulo: Contexto, 2016.

MARCUSCHI, A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

______. Linguística de texto: o que é e como se faz? São Paulo: Parábola Editorial, 2012.

MATÊNCIO, M. Atividade de (Re) textualização em práticas acadêmicas: um estudo do resum. Scripta, v. 6, n. 11, p. 109-122, 2002. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12453. Acesso em: 15 jan. 2019.

VAL, M. G. C. Redação e Textualidade. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.