Pigmentos cloroplastídicos e eficiência fotoquímica da aceroleira sob estresse salino e adubação com potássio-fósforo
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n1p87Palavras-chave:
Malpighia emarginata Sesse & Moc. ex DC, Estresse salino, Clorofila, Fluorescência.Resumo
Objetivou-se com esta pesquisa avaliar os pigmentos cloroplastídicos e a eficiência fotoquímica da aceroleira cv. BRS 366 Jaburu em função da salinidade da água de irrigação e combinações de adubação com potássio-fósforo no segundo ano de cultivo. A pesquisa foi realizada em ambiente protegido, em Campina Grande-PB. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados, em esquema fatorial 5 x 4, sendo cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEa (0,6; 1,4; 2,2; 3,0 e 3,8 dS m-1), e quatro combinações de adubação com potássio-fósforo (100/100; 85/85; 60/60 e 45/45% de K2O/P2O5, da recomendação para o segundo ano de cultivo) com três repetições. A combinação de 100/100% correspondeu a 200 g de K2O e 120 g de P2O5 por planta por ano). A irrigação com águas salinas prejudicou a biossíntese de pigmentos cloroplastídicos e a eficiência fotoquímica da aceroleira cv. BRS 366 Jaburu no segundo ano de cultivo. A salinidade da água a partir de 2,6 dS m-1 diminuiu a fluorescência máxima, variável e eficiência quântica do fotossistema II das plantas de aceroleira cv. BRS 366 Jaburu. A adubação com 60/60 e 85/85% da recomendação de K2O/P2O5 promovem aumento na síntese de clorofila a e b de acerola, respectivamente, no primeiro e segundo ciclos produtivos do segundo ano de cultivo. O fornecimento de 85/85% da recomendação de K2O/P2O5 promoveu aumento na florescência máxima e variável nas plantas submetidas a salinidade da água de 0,6; 2,2 e 3,8 dS m-1 no segundo ciclo e reduziu a fluorescência inicial independentemente do nível salino no primeiro e segundo ciclo produtivo da acerola.Downloads
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