Rendimento, sazonalidade e fitossanidade dos frutos de bananeira ‘BRS Conquista’ ensacados com polietileno de diferentes colorações
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n6Supl2p2977Palavras-chave:
Manejo de culturas, Ensacamento de frutos, Musa sp, Frankliniella brevicaulis, Colletotrichum musae.Resumo
Bananas são as frutas mais populares do mundo, porém a incidência de insetos e de doenças provoca muitas perdas de frutos. Neste sentido, o ensacamento dos cachos torna-se uma técnica promissora, sobretudo diante da crescente exigência dos consumidores por frutos de qualidade e seguros do ponto de vista alimentar. Os sacos funcionam como barreira de proteção, permitindo a produção de frutos livres de danos, com consequente redução de perdas e dos custos com aplicações de produtos químicos. Contudo, existe uma grande variedade de tipos e cores de sacos no mercado, mas não há relatos sobre a interferência destes parâmetros sobre a eficiência do ensacamento. Portanto, este estudo objetivou avaliar a influência do uso de sacolas de polietileno, com diferentes cores, sobre o rendimento, sazonalidade e fitossanidade dos cachos da banana ‘BRS Conquista’ cultivada em região subtropical de alta altitude. Os tratamentos consistiram na utilização de sacos de polietileno branco, preto, vermelho e azul, além do controle (sem ensacamento). Estes sacos foram distribuídos aleatoriamente em cinco blocos e quatro plantas por parcela. Após a colheita dos cachos, avaliou-se o rendimento agronômico, o intervalo entre a emissão do cacho e a colheita e a presença de danos de tripes, além do avanço da incidência de antracnose até a maturação dos frutos. A partir dos resultados, verifica-se que o ensacamento não interferiu no rendimento dos cachos. Porém, a utilização de sacos brancos (114 dias) e pretos (115 dias) reduziram o intervalo entre o ensacamento e a colheita. Os sacos brancos e vermelhos reduziram os danos provocados pelos tripes nas frutas; enquanto sacos brancos, vermelhos e azuis diminuíram a incidência de antracnose. Portanto, recomenda-se o uso de sacos de polietileno branco para coberturas de cachos de banana ‘BRS Conquista’, devido à maior eficiência no controle de tripes e antracnose; além de diminuir o intervalo de tempo entre a emissão do cacho e a colheita.Métricas
Referências
Brown, P. R., Mc William, A., & Khamphoukeo, K. (2013). Post-harvest damage to stored grain by rodents in village environments in Laos. International Biodeterioration & Biodegradation, 82(1), 104-109. doi: 10.1016/j.ibiod.2012.12.018
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (2017). Exportações recuam 61% em 2017. (Relatório de Pesquisa, 2017). Piracicaba, SP.
Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (2006). Programa brasileiro para a modernização da horticultura e produção integrada de frutas. Normas de classificação de banana. Recuperado de http://www.ceagesp.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/banana.pdf
Costa, J. N. M., Scarpare, J. A., Fº., & Kluge, R. A. (2002). Efeito do ensacamento de cachos de banana ‘Nanicão’ na produção e no intervalo entre inflorescência e colheita. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 37(11), 1575-1580. doi: 10.1590/S0100-204X2002001100008
Cunha, A. R., & Martins, D. (2009). Classificação climática para os municípios de Botucatu e São Manuel-SP. Irriga, 14(1), 1-11. doi: 10.15809/irriga.2009v14n1p1-11
Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2006). Sistema brasileiro de classificação de solos. (2a ed.). Rio de Janeiro, RJ.
Fancelli, M., & Mesquita, A. L. M. (2012). Pragas e métodos de controle. In L. Gasparotto, & J. C. R. Pereira (Eds.), A cultura da bananeira na região Norte do Brasil (pp. 638-730). Brasília: EMBRAPA Informação Tecnológica. Recuperado de http://livimagens.sct.embrapa.br/amostras/00083880.pdf .
Food and Agriculture Organization (2017). Production crop. Retrieved from http://faostat3.fao.org/browse/ q/qc/e.
Fragata, F., Sens, M., & Sebrão, M. Z. (2015). Influence of the colour of polyurethane paints in the absorption and heat dissipation. Corrosão e Protecção de Materiais, 34(2), 53-59. Retrieved from http://www.scielo.mec.pt/pdf/cpm/v34n2/v34n2a03.pdf
Mirshekari, A., Ding, P., Kadir, J., & Ghazali, H. M. (2012). Effect of hot water dip treatment on postharvest anthracnose of banana var. Berangan. African Journal of Agricultural Research, 7(1), 6-10. doi: 10. 5897/AJAR11.056
Moraes, W. S., Zambolim, L., & Lima, J. D. (2008). Quimioterapia de banana ‘prata anã’ no controle de podridões em pós-colheita. Arquivos do Instituto Biológico, 1(75), 79-84. doi: 10.1590/S0100-415820 06000100003
Moreira, A. (2008). Proteção de cachos de bananeira com sacos de polietileno nas condições edafoclimáticas do estado do Amazonas. Ciência e Agrotecnologia, 32(1), 129-136. doi: 10.1590/S1413-70542 008000 100019
Muchui, M. N., Mathooko, F. M., Njoroge, C. K., Kahangi, E. M., Onyango, C. A., & Kimani, E. M. (2010). Effect of perforated blue polyenthlene bunch covers on selected post-harvest quality parameters of tissue cultured bananas (Musa spp.) cv. Williams in Central Kenya. Journal of Stored Products and Postharvest Research, 1(3), 29-41. Retrieved from https://africaneditors.org/journal/JSPPR/full-text-pdf/86398-130476
Negreiros, R. J. Z., Salomão, L. C. C., Pereira, O. L., Cecon, P. R., & Siquera, D. L. (2013). Controle da antracnose na pós-colheita de bananas ‘prata’ com produtos alternativos aos agrotóxicos convencionais.
Parisi, M. C. M., Henrique, C. M., & Prati, P. (2015). Doenças pós-colheita: um entrave na comercialização. Pesquisa & Tecnologia, 12(2), 1-5. Recuperado de https://pt.slideshare.net/ruralpecuariapecuaria/ doenas-pscolheita-um-entrave-na-comercializao
Pereira, J. C. R., & Gasparotto, L. (2008). BRS Conquista: nova cultivar de bananeira para o agronegócio da banana no Brasil. (p. 2). Manaus, Brasil: Embrapa Amazônia Ocidental. Recuperado de https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPAA-2009-09/21021/1/Com_Tec_60.pdf
PROMUSA (2018). Bagging/News, knowledge and information on bananas from. Recuperado de http://www.promusa.org/Bagging
Prusky, D., & Kobiler, I. (2012). Mechanisms modulating the activation of quiescent infections by postharvest pathogens. In S. M. A. Oliveira, S. R. O. Lins, & A. M. G. Santos (Eds.), Avanços tecnológicos na patologia pós-colheita (pp. 275-296). Recife: Editora UFRPE.
Prusky, D., Alkan, N., Mengiste, T., & Fluhr, R. (2013). Quiescent and necrotrophic lifestyle choice during postharvest disease development. Annual Review of Phytopathology, 51(1) 155-176. doi: 10.1146/ annurev-phyto-082712-102349
Sakai, R. K. (2015). Desenvolvimento e qualidade de frutos de banana em função da proteção física dos cachos. Tese de doutorado, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Piracicaba, São Paulo, Brasil. Recuperado de https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-22062015-171150/publico/ Ronaldo_Kazuo_Sakai_versao_revisada.pdf
Santosh, D. T., Tiwari, K. N., & Reddy, R. G. (2017). Banana bunch covers for quality banana production. International Journal of Current Microbiology and Applied Sciences, 6(7), 1275-1291. doi: 10.20546/ ijcmas.2017.607.155
Sarkar, S., Das, G., Sarkar, S., Saha, S., & Biswas, S. (2016). Frontline demonstration on effect of bunch cover in banana for quality production of banana fruits. International Journal of Green Pharmacy, 10(4), 1-4. Retrieved from https://www.researchgate.net/publication/313846938_Frontline_ demonstration_on_effect_of_bunch_cover_in_banana_for_quality_production_of_banana_fruits
Serra, I. M. R. S., Coelho, R. S. B., Ferraz, G. M. G., Montarroyos, A. V. V., & Silva, D. S. (2011). Diversidade fenotípica e patogênica de Colletotrichum, agente causal de antracnose em mangueira, e identificação de espécie. Summa Phytopathologica, 37(1), 42-51. doi: 10.1590/S0100-54052011 000100007
Smith, M. K., Langdon, P. W., Pegg, K. G., & Daniells, J. W. (2014). Growth, yield and Fusarium wilt resistance of six FHIA tetraploid bananas (Musa spp.) grown in the Australian subtropics. Scientia. Horticulturae, 170(7), 176-181. doi: 10.1016/j.scienta.2014.02.029
Souza, M. E., Leonel, S., & Fragoso, A. M. (2011). Crescimento e produção de genótipos de bananeiras em clima subtropical. Ciência Rural, 41(4), 587-591. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/cr/v41n4/ a924cr4241.pdf
Vargas, A., Valle, H., & González, M. (2010). Effecto del color y de la densidad del polietileno de fundas para cubrir el racimo sobre dimensiones, presentatión y calidad poscosecha de frutos de banana y plátano. Agronomia Costarricense, 34(2), 269-285. doi: 10.15517/am.v22i1.8670
Vargas-Calvo, A., & Valle-Ruiz, H. (2011). Effecto of two banana (Musa AAA) bunch covers on fruit quality. Agronomia Mesoamericana, 22(1), 81-89. doi: 10.15517/AM.V22I1.8670
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Semina: Ciências Agrárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.