Uma análise da eficiência energética e da emissão de gases de efeito estufa no cultivo orgânico de soja no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n6Supl3p3461Palavras-chave:
Agricultura orgânica, Energia, Gases de efeito estufa, Produção de grãos.Resumo
A avaliação da eficiência energética (EE) e emissão de gases de efeito estufa (GEE) podem evidenciar a sustentabilidade dos agrossistemas e a tomada de decisões relativas à redução dos custos de produção e poluição do ambiente. Diante deste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a EE e emissões de GEE (CO2, CH4 e N2O) na cultura da soja sob cultivo orgânico em diferentes regiões brasileiras no ano agrícola de 2014-2015. Para isso, foram avaliadas 19 áreas de soja. As entradas e saídas de energia das operações agrícolas e/ou insumos utilizados foram calculadas pela multiplicação da quantidade utilizada pelo seu poder calorífico ou coeficiente energético em cada etapa de produção. A eficiência energética foi obtida pela razão entre a quantidade de energia total de saída e o consumo total de energia durante o processo produtivo. Para estimar a emissão de GEE, foram aplicados princípios da metodologia de avaliação do ciclo de vida e recomendações do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Para cada 1,0 MJ de energia consumida na produção orgânica de soja foram produzidos, em média 7,9 MJ de energia renovável, na forma de grãos desta cultura. Os principais gastos energéticos do cultivo orgânico de soja foram com sementes, combustível e com tratores, máquinas e implementos agrícolas. Para cada 1 kg de grão de soja produzido organicamente são emitidos 0,19 kg de CO2eq considerando desde a produção até o armazenamento. As principais fontes de emissão de GEE em CO2eq no cultivo de soja orgânica foram as sementes, combustíveis e fertilizantes orgânicos.Downloads
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