Valor nutricional e características físico-químicas da amoreira branca sob diferentes formas de conservação para alimentação de ruminantes

Autores

  • Américo Fróes Garcez Neto Universidade Federal do Paraná
  • Janielen da Silva Universidade de São Paulo
  • Eduardo Michelon do Nascimento Universidade Federal do Paraná
  • Jean Carlos Steinmacher Lourenço Universidade Estadual de Maringá
  • Sergio Rodrigo Fernandes Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n2p771

Palavras-chave:

Absorventes de umidade, Ensilagem, Fenação, Padrão fermentativo.

Resumo

Objetivou-se por meio deste estudo verificar a viabilidade do uso da amoreira branca (Morus alba) como forrageira na alimentação de ruminantes sob as formas in natura, de feno e de silagem. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e três repetições, onde os tratamentos consistiram em cinco formas de utilização da amoreira como forrageira: (1) in natura sob corte; (2) feno; (3) silagem de amoreira in natura; (4) silagem de amoreira pré-murchada e (5) silagem de amoreira com adição de milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS). Não houve diferença no teor de proteína bruta (PB) entre as silagens (19,03% da MS). Os teores de PB das silagens foram maiores que do feno de amoreira (15,26% da MS) e semelhantes ao da amoreira in natura (17,00% da MS). O teor de fibra em detergente neutro (FDN) foi semelhante entre as silagens (média de 34,84% da MS), porém, o teor de FDN da silagem com MDPS foi menor que o do feno (33,77 vs. 39,36% da MS). O teor de fibra em detergente ácido (FDA) foi semelhante entre as silagens e o feno de amoreira (30,66% da MS). O menor valor de FDA foi observado na amoreira in natura (26,06% da MS). Não houve quebra da estabilidade aeróbia das silagens no período de sete dias de aerobiose. Os valores de pH foram equivalentes entre as silagens de amoreira in natura e pré-murchada (média de 4,80). A silagem com MDPS apresentou menor valor de pH que as demais silagens (4,58). A capacidade tampão (CT) foi semelhante para as silagens de amoreira com MDPS e pré-murchada (média de 84,91 meq 100 g de MS-1). O menor valor dessa variável foi encontrado na silagem de amoreira in natura (56,69 meq 100 g de MS-1). O maior teor de nitrogênio amoniacal (N-NH3) foi verificado na silagem de amoreira in natura (13,08% do N total), enquanto nas silagens de amoreira pré-murchada e com MDPS os teores de N-NH3 foram baixos (7,49 e 9,58% do N total). A silagem de amoreira branca com 11% de milho desintegrado com palha e sabugo é a melhor alternativa para a alimentação de ruminantes, pois apresenta baixo teor de fibra e padrão fermentativo desejável ao processo de conservação.

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Biografia do Autor

Américo Fróes Garcez Neto, Universidade Federal do Paraná

Prof., Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Setor Palotina, Palotina, PR, Brasil.

Janielen da Silva, Universidade de São Paulo

Discente, Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal e Pastagens, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, ESALQ, Universidade de São Paulo, USP, Piracicaba, SP, Brasil.

Eduardo Michelon do Nascimento, Universidade Federal do Paraná

Discente, Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal, PPGCA, UFPR, Setor Palotina, Palotina, PR, Brasil.

Jean Carlos Steinmacher Lourenço, Universidade Estadual de Maringá

Discente, Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá, UEM, Maringá, PR, Brasil.

Sergio Rodrigo Fernandes, Universidade Federal do Paraná

Pós-Doutorando, PPGCA, UFPR, Setor Palotina, Palotina, PR, Brasil.

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Publicado

2018-03-15

Como Citar

Garcez Neto, A. F., Silva, J. da, Nascimento, E. M. do, Lourenço, J. C. S., & Fernandes, S. R. (2018). Valor nutricional e características físico-químicas da amoreira branca sob diferentes formas de conservação para alimentação de ruminantes. Semina: Ciências Agrárias, 39(2), 771–786. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n2p771

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