Atividade do extrato etanólico e compostos de Origanum vulgare contra o virus da arterite equina

Autores

  • Daiane Einhardt Blank Universidade Federal de Pelotas
  • Rayra Almeida Corrêa Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Rogério Antônio Freitag Universidade Federal de Pelotas
  • Marlete Brum Cleff Universidade Federal de Pelotas
  • Silvia de Oliveira Hübner Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n2p759

Palavras-chave:

Antimicrobiano, Antiviral, Citotoxicidade, Origanum sp, Virucida.

Resumo

O virus da arterite equine (EAV) é responsável por uma importante doença respiratória e reprodutiva na população de equinos e não há tratamento antiviral específico disponível. O objetivo desse estudo foi investigar a atividade de um extrato etanólico de Origanum vulgare (EEO) e dos compostos isolados ácido caféico, ácido p-cumarico, ácido rosmarínico, quercetina, luteolina, carnosol, ácido carnósico, campferol e apigenina contra o EAV. Os ensaios foram realizados com concentrações não citotóxicas. A atividade antiviral foi monitorada inicialmente por um ensaio de inibição de efeito citopático (CPE) em células RK13 na presença ou ausência do EEO. Células pré-incubadas com o EEO foram também examinadas para a presença de efeito profilático. Inativação direta do EAV pelo EEO e pelos compostos isolados foi avaliada mediante incubação a 37°C ou 20°C. Após o período de incubação, a infectividade foi imediatamente determinada por titulação viral em cultivo celular sendo expresso como dose infectiva a 50% (TCID50)/100 µL. Houve significativa atividade virucida do EEO e dos compostos ácido caféico, ácido p-cumarico, quercetina, ácido carnósico e campferol. Quando o EEO foi adicionado após a infecção, o EEO inibiu a replicação do vírus nas células infectadas, o que foi evidenciado pela redução significativa do título viral. Os resultados fornecem evidências de que o EEO possui efeito anti-EAV. Entre os principais compostos presentes avaliados, ácido caféico, ácido p-cumarico, ácido carnósico, campferol e, principalmente, quercetina, contribuíram para a atividade antiviral do extrato. O EEO pode representar um bom protótipo para o desenvolvimento de um novo agente antiviral, sendo promissor para combater infecções por arterivírus.

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Biografia do Autor

Daiane Einhardt Blank, Universidade Federal de Pelotas

Discente, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção, Universidade Federal de Pelotas, UFPel, RS, Brasil.

Rayra Almeida Corrêa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Discente, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, RS, Brasil.

Rogério Antônio Freitag, Universidade Federal de Pelotas

Prof., Departamento de Química Orgânica, UFPel, RS, Brasil.

Marlete Brum Cleff, Universidade Federal de Pelotas

Prof., Departamento de Clínica Veterinária, UFPel, RS, Brasil.

Silvia de Oliveira Hübner, Universidade Federal de Pelotas

Profª, Departamento de Veterinária Preventiva, UFPel, RS, Brasil.

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Publicado

2017-05-02

Como Citar

Blank, D. E., Corrêa, R. A., Freitag, R. A., Cleff, M. B., & Hübner, S. de O. (2017). Atividade do extrato etanólico e compostos de Origanum vulgare contra o virus da arterite equina. Semina: Ciências Agrárias, 38(2), 759–764. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n2p759

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