Salinidade na qualidade fisiológica em sementes de Brassicas oleracea L. var. itálica

Resumo

 

A demanda por sementes de hortaliças com alta qualidade e a obtenção de mudas vigorosas tem aumentado nos últimos anos, pois estas características constituem fatores determinantes do êxito da produção. O aproveitamento de algumas áreas como as de regiões áridas e semiáridas esbarra em alguns obstáculos como a salinidade e o potencial de sodicidade da água, utilizada na irrigação, cuja finalidade principal é proporcionar umidade adequada para o crescimento e desenvolvimento das plantas, visando aumentar a produtividade e, conseqüentemente, reduzir os efeitos da estiagem. O presente trabalho objetivou avaliar a germinação e o vigor de sementes de brócolis (Brassica oleracea L. var. italica) cv. Santana, sob a influência do estresse salino. O experimento foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes e Mudas do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande, Pombal-PB, em delineamento interiamente casualizado, com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 2x5, correspondente a dois lotes de sementes (não envelhecidas e envelhecidas) e cinco potenciais osmóticos da solução de embebição (0, –0,2; –0,4; –0,6 e –0,8 MPa). As sementes foram postas para germinar em placas de Petri sobre duas folhas de papel de filtro umedecidas com solução salina (NaCl) nas diferentes concentrações e mantidas em germinador à temperatura de 20-30ºC e fotoperíodo de oito horas e depois foram submetidas à avaliação de sua qualidade fisiológica por meio dos testes de germinação e vigor. A presença de sais como o cloreto de sódio na solução de embebição resultou em decréscimo na qualidade fisiológica das sementes à medida que o potencial osmótico da solução de embebição tornou-se mais negativo, indicando que as sementes de brócolis da cultivar Santana quando submetidas ao envelhecimento acelerado têm baixa tolerância à salinidade nas contrações –0,4; –0,6 e –0,8 MPa.