“A serviço de Deus e meu”: a formação do letrado no Império Português reinado de D. João III

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2021v27n1p351

Palavras-chave:

Reforma universidade de coimbra, Formação do letrado, Padroado régio, Religiosidade cristã, Mecanismo de controle

Resumo

No trabalho temos o objetivo de tratar sobre a reforma empreendida na Universidade de Coimbra durante o reinado de D. João III (1521-1557). Intencionamos destacar a relação entre a reforma institucional e a propagação da fé católica no Império por meio da formação dos letrados portugueses. Por meio dos aportes metodológicos de Elias (1994) e Paiva (2012) buscamos pontuar o papel social da Universidade enquanto instituição formada por indivíduos inseridos dentro de uma conjuntura social marcada pela religiosidade cristã do século XVI. Conjecturamos que a reforma da Universidade de Coimbra no reinado de D. João III possa ser relacionada à proposta de formação do perfil de um novo letrado, o letrado que pudesse contribuir, mediante as ações desempenhadas na extensão das possessões portuguesas de além-mar, na conservação, manutenção e expansão daquela forma de sociedade organizada e conduzida pelo Padroado Régio. Além disso, a reforma da Universidade pode ser compreendida como um mecanismo de controle do absolutismo régio do período.

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Biografia do Autor

Luciana de Araújo Nascimento-Guaraldo, Universidade Estadual de Maringá

Doutora em Educação -UEM. Técnica Pedagógica do Núcleo Regional de Educação de Maringá (Seed/PR).

Célio Juvenal Costa, Universidade Estadual de Maringá

Professor Doutor do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Maringá.

Sezinando Luiz Menezes, Universidade Estadual de Maringá

Professor Doutor do curso de História da Universidade Estadual de Maringá

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Publicado

2021-08-16

Como Citar

Nascimento-Guaraldo, L. de A., Costa, C. J., & Menezes, S. L. (2021). “A serviço de Deus e meu”: a formação do letrado no Império Português reinado de D. João III. História & Ensino, 27(1), 351–373. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2021v27n1p351

Edição

Seção

História da Educação