Crenças e atitudes linguísticas de alunos do 5º ano: ensino de língua portuguesa e variação linguística

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2022v22n3p46-66

Palavras-chave:

Ensino, Variação linguística, Crenças e atitudes linguísticas

Resumo

Os estudos sobre crenças e atitudes linguísticas podem auxiliar o trabalho docente para compreender o que pensam e como agem os alunos em relação às diferentes normas linguísticas. Nesse sentido, o presente artigo objetiva analisar as crenças e atitudes linguísticas de estudantes do 5º ano — Ensino Fundamental I, de uma escola municipal de Londrina - PR, a partir dos estudos relacionados à Sociolinguística e à Sociolinguística Educacional, além de estudos da Psicologia Social, mais especificamente, nos trabalhos de Aguilera (2008), Lambert e Lambert (1966), Cyranka (2015), Bortoni-Ricardo (2005), entre outros. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e segue um viés analítico e interpretativo. A metodologia da pesquisa constitui-se de: (i) aplicação do primeiro questionário com perguntas objetivas e dissertativas sobre variação linguística, (ii) leitura compartilhada do poema “O sabiá e o gavião”, de Patativa do Assaré (1999), bem como as intervenções das pesquisadoras com diálogos sobre a temática da pesquisa com os estudantes, (iii) aplicação do segundo questionário para análise das possíveis mudanças de atitudes após a intervenção. Os resultados evidenciam que os alunos já são iniciados em uma reflexão sociolinguística capazes de construir conhecimentos sobre as variedades da língua, prevalecendo em seus discursos os pares dicotômicos em escalas valorativas. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Poliana Rosa Riedlinger Soares, Universidade Estadual de Londrina

Doutoranda em Estudos da Linguagem (2020 -2024), Mestre (2018-2020) pelo Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Londrina. Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (2013-2016).

Silvia Helena de Freitas Ruiz, Universidade Estadual de Londrina

Possui graduação em Letras - Inglês pela Universidade Estadual de Londrina (2000) e mestrado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (2015). É professora da Prefeitura Municipal de Londrina atuando nas turmas do Ensino Fundamental I. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: letramento, fábula e gêneros textuais. Atualmente é coordenadora pedagógica na Escola Municipal Dalva Fahl Boaventura. Coordena um grupo de 26 professores com formações, grupos de estudos e no gerenciamento dos 250 alunos da escola.

Joyce Elaine de Almeida Baronas, Universidade Estadual de Londrina

Possui graduação em Letras Anglo Portuguesas e Literaturas pela Universidade Estadual de Londrina (1989), mestrado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (1996), doutorado em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) e pós-doutorado em Linguística pela Universidade de Brasília (2014). Atualmente é professora associada da Universidade Estadual de Londrina. Atua na Graduação, na Pós-Graduação Lato Sensu e na Pós-Graduação Stricto Sensu. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Sociolinguística Educacional. Atualmente é uma das editoras da revista Signum: Estudos da Linguagem.

Referências

AGUILERA, V. A. Crenças e atitudes linguísticas: o que dizem os falantes das capitais brasileiras. Estudos linguísticos, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 105-112, maio /ago. 2008.

ASSARÉ, P. O sabiá e o gavião. In: ASSARÉ, Patativa. Cante lá que eu canto cá:

filosofia de um trovador nordestino. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.

BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007.

BAJARD, E. Da escuta de textos à leitura. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2014.

BARCELOS, A. M. F. Crenças sobre aprendizagem de línguas, linguística aplicada e ensino de línguas. Linguagem e Ensino, Pelotas, v. 7, p. 123-156, jan./jul. 2004. DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v7i1.15586

BELINTANE, C. Da corporalidade lúdica à leitura significativa: subsídios para formação de professores. São Paulo: Scortecci, 2017.

BORTONI-RICARDO, S. M. A contribuição da sociolinguística para o desenvolvimento da educação dos anos de 1970 aos anos de 1990. In: BORTONI-RICARDO, S. M. Nós chegamos na escola, e agora?: sociolinguística e educação. São Paulo: Parábola, 2005, p. 113-125.

CELANI, M. A. A. Questões de ética na pesquisa em linguística aplicada. Linguagem e ensino, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 101-122, 2005. DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v8i1.15605

CORBARI, C. C. Crenças e atitudes linguísticas de falantes de Irati (PR). Signum,

Londrina, n. 15, p. 111-127, 2012. DOI: https://doi.org/10.18359/prole.2372

CYRANKA, L. F. M. A pedagogia da variação linguística é possível? In: ZILLES, Ana Maria Stahl; FARACO, Carlos Alberto (org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015. p. 31-52.

FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola, 2008.

GONZALEZ, C. A. A variação linguística em livros didáticos. In: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015.

LAMBERT, W. W.; LAMBERT, W. E. Psicologia social. Rio de Janeiro: Zahar, 1966.

LONDRINA. Secretaria Municipal de Educação. Projeto político-pedagógico: escola municipal Dalva Fahl Boaventura. Londrina: SME, 2021.

MARQUES, T. M; ALMEIDA BARONAS, J. E. Crenças e atitudes linguísticas na sala de aula. Linguasagem, São Carlos, v. 24, p. 1-16. 2015. Disponível em: https://www.linguasagem.ufscar.br/index.php/linguasagem/article/view/154. Acesso em: 30 ago. 2022.

MOREIRA, H.; CALEFFE, L. G. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

Downloads

Publicado

29-12-2022

Como Citar

SOARES, Poliana Rosa Riedlinger; RUIZ, Silvia Helena de Freitas; DE ALMEIDA BARONAS, Joyce Elaine. Crenças e atitudes linguísticas de alunos do 5º ano: ensino de língua portuguesa e variação linguística. Entretextos, Londrina, v. 22, n. 3, p. 46–66, 2022. DOI: 10.5433/1519-5392.2022v22n3p46-66. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/46664. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigo para volume atemático