A poesia-outra de Carlito Azevedo
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2020v38p90Palabras clave:
Modernidade e contemporaneidade, Experimentalismo, Poesia lírica, Carlito AzevedoResumen
A tradição da ruptura e as tensões dissonantes em torno da modernidade lírica instauraram a crise como elemento fundador da experiência moderna. Inovações e experimentalismos na composição poética feitas a partir de categorias negativas, anormais e obscuras se firmaram como marcas dessa poesia desde Baudelaire e em seus herdeiros. Os vestígios da crise de verso e das cisões instauradas no modo de sentir lírico da modernidade se unem às tendências da inespecificidade da arte, da desterritorialização, da desconstrução e do hibridismo sintomáticos de poéticas contemporâneas. Carlito Azevedo é um dos principais nomes da recente lírica brasileira cuja obra poética causa, simultaneamente, estranhamento e fascínio em seus leitores pelo seu caráter inespecífico. Na tentativa de investigar a obscuridade intencional presente nos experimentos do poeta fluminense, principalmente mantendo os olhos fixos nos tempos, discursos e elementos utilizados como matéria de poesia, faremos um exercício de leitura de algumas passagens do Livro das postagens, publicado em 2016, composto de dois poemas que põem em xeque a própria noção de poesia lírica.Descargas
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