Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen: a “Epopeia do Negativo” Versus a Unidade
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2018v36p41Palabras clave:
Modernismo, Diálogo intertextual, Negatividade, UnidadeResumen
A presença de Fernando Pessoa, seja de que modo existiu, é inquestionável e inseparável da instauração do Modernismo português e da sua modernidade. Lançada em terras lusitanas, a modernidade irá encontrar terreno seguro para fortalecer-se na poesia dos grandes poetas idealizadores dos Cadernos de Poesia, publicados em 1940. Neles Sophia de Mello Breyner Andresen faz a sua estreia e, mais tarde, em 1944 publica seu primeiro livro. A geração de 40 encontra reverberando ainda a geração de Pessoa e a de presença e com ela manterá um diálogo poético intenso. Nos livros publicados por Sophia até a década de 60, o diálogo com a esfinge pessoana não é exatamente explícito, mas antes está presente em sua dicção e no versilibrismo, em alguns casos próximos às odes do heterônimo Álvaro de Campos. Depois, com Livro Sexto, de 1962, o diálogo torna-se mais evidente e até mais visível, com vários poemas evocando Pessoa. Mas se neste a consciência da modernidade instaura uma negatividade e uma epopeia da noite, os poemas de Sophia trazem a luz, a unidade, o encontro pleno com o real, uma plenitude, contudo, que não deixa ausente o sentimento trágico de um “tempo dividido”.Descargas
Citas
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Obra Poética. Porto: Assírio & Alvim, 2015.
CATÁLOGO. Sophia de Mello Breyner Andresen: uma vida de poeta. Paulo Mourão e Teresa Amado (orgs.). Exposição Biblioteca Nacional de Portugal. Lisboa: Caminho, 2011.
CECCUCCI, Piero. Trazer o real para a luz. Colóquio Letras (Lisboa), n. 176, jan./abr., pp. 15-27, 2011.
GUIMARÃES, Fernando. O Modernismo e a tradição da vanguarda. Simbolismo, Modernismo e Vanguardas. 3. ed. Lisboa: Imprensa Nacional, 2004, pp. 7-15.
LISBOA, Eugenio. O segundo modernismo em Portugal. Lisboa: Bertrand, 1984.
LOURENÇO, Eduardo. Prefácio. Para um retrato de Sophia. Sophia de Mello Breyner Andresen. Antologia. 4. ed. Lisboa: Moraes, 1975, pp. i-vii.
LOURENÇO, Eduardo. Dialética mítica da nossa modernidade. Tempo e poesia. Lisboa: Relógio d’Água, 1987, pp. 183-200.
MARTINHO, Fernando J. B. Pessoa e a moderna poesia portuguesa: do Orpheu a 1960. Lisboa: Bertrand, 1991.
MARTINHO, Fernando J. B. Modernismo português e brasileiro: olhares e escritas cruzadas. Scripta (Belo Horizonte), v. 7, n. 12, pp. 189-208, 2003. Disponível em http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12482/9795.
MARTINHO, Fernando J. B. Sophia na Grécia com Pessoa. Sophia de Mello Breyner Andresen. Actas do Colóquio Internacional. Porto: Porto, 2013, pp. 214-218.
MARTINS, Fernando Cabral. Margens portuguesas do Simbolismo. Scripta (Belo Horizonte), v. 7, n. 12, pp. 179-188, 2003. Disponível em http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12482/979.
PASSOS, Maria Armanda. Sophia de Mello Breyner Andresen: “Escrevemos poesia para não nos afogarmos no cais...”. Jornal de Letras, Artes e Ideias (Lisboa), n. 26, pp. 2-5, 1982.
PAZ, Octavio. Os filhos do barro. Do romantismo à vanguarda. Trad. Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
PEREIRA, Luís Ricardo. Sophia de Mello Breyner Andresen. Inscrição da terra. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.
SILVA, Sofia de Sousa. Sobre Pessoa e Sophia. Revista Semear (Rio de Janeiro), nº 6, 2002. Disponível em: http://www.letras.puc-rio.br/unidades&nucleos/catedra/revista/6Sem_26.html.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, siendo la obra licenciada simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons Reconocimiento-No Comercial 4.0 Internacional, permitiendo la compartición de la obra con reconocimiento de la autoría de la obra y publicación inicial en este periódico académico.
b) Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista. diario.
c) Se permite y anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Ver Efecto del Acceso Abierto).
d) Los autores de los trabajos aprobados autorizan a la revista para que, luego de la publicación, transfiera su contenido para su reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los autores asumen que los textos sometidos a publicación son de su creación original, asumiendo total responsabilidad por su contenido en caso de objeción por parte de terceros.