Sérgio Milliet e Alexander Calder: a sedução da arte abstrata
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2022vol42n2p65Palavras-chave:
Sérgio Milliet, Alexander Calder, Crítica, ArteResumo
A proposta primeira deste artigo é revisitar o pensamento crítico de Sérgio Milliet, um dos protagonistas do Modernismo paulista e que tem sido pouco lembrado desde que cessaram suas atividades como cronista e crítico de jornais, em 9 de novembro de 1966, dia de sua morte. Grande parte de sua obra crítica, escrita de 1940 a 1956 para o jornal O Estado de S. Paulo, foi publicada nos dez volumes que compõem o Diário Crítico (1981-1982) e que se constitui como corpus de análise de meu trabalho. Mais especificamente, apresentarei as reflexões de Milliet ligadas às artes visuais, nas quais ele, primeiro, defende uma arte humana e, portanto, em sua compreensão, figurativa, em uma acepção contrária e crítica à arte abstrata. Num segundo momento, ligado à descoberta da obra de Alexander Calder, Milliet passa a fazer o elogio da abstração, chegando até mesmo a se tornar o diretor da II, III e IV Bienal Internacional de São Paulo, de 1953 a 1957, eventos que contaram com numerosas obras abstratas e repercutiram na produção de artistas brasileiros.
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