Adoções tardias

a construção de elos afetivo-familiares a partir da adoção de crianças acima de três anos de idade

Autores

  • Francisco Vítor Macedo Pereira Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB https://orcid.org/0000-0003-0474-7331
  • Simone Domingues Ferreira de Oliveira Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-4842.2024v27n3p648

Palavras-chave:

adoção tardia, elos afetivo-familiares, motivações, racismo estrutural, adoção no Brasil

Resumo

A temática deste artigo delineia-se à compreensão da adoção tardia, de crianças a partir dos 03 anos de idade e de adolescentes, ante os desafios da formação de novos arranjos e elos afetivo-familiares. Pretende-se essa discussão, concernente ao curso e à consolidação do processo adotivo, na tentativa de compreender quais são as motivações que comumente conduzem à decisão por este tipo de adoção, bem como quais são as dificuldades enfrentadas pelo/a(s) adotado/a(s) nesse mesmo processo. Não noutro sentido, tenciona-se a ruptura de padrões e expectativas ideais, notadamente quanto à realidade das crianças e adolescentes disponíveis para a adoção no Brasil. Faz-se, para tanto, necessário elucidar algumas problemáticas atinentes ao racismo e à mentalidade patriarcal pequeno-burguesa, analisando os desafios daí decorrentes à construção dos novos elos familiares, especificamente em meio à cultura e às práticas adotivas ainda vigentes em na sociedade. Busca-se, por último, sinalizar quais itinerários são ainda necessários percorrer, a fim de que a adoção - especialmente a tardia - seja efetivamente vista e vivida como experiência plena de família e parentalidade no país. Concebem-se essas considerações e reflexões críticas sobre a adoção tardia e a cultura da adoção no Brasil com base na bibliografia indicada – Azambuja (2003), Baranoski (2016), Levinzon (2004), Maldonato (2001), Maux e Dutra (2010), Silva (2009), Webber (1999, 2010) entre outros/as – e nos enunciados de documentos e dispositivos legais, como a Constituição Federal de 1988, a Lei de Adoção (nº 13.509/2017) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069/1990).

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Biografia do Autor

Francisco Vítor Macedo Pereira , Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB

Professor do Instituto de Humanidades e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Humanidades da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - IH/POSIH/UNILAB. 

Simone Domingues Ferreira de Oliveira, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Bacharela Interdisciplinar em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB. Pedagoga pela mesma universidade. Professora da Educação Infantil da Rede de Ensino da Prefeitura de Redenção/CE.

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Publicado

31-12-2024

Como Citar

PEREIRA , Francisco Vítor Macedo; OLIVEIRA, Simone Domingues Ferreira de. Adoções tardias: a construção de elos afetivo-familiares a partir da adoção de crianças acima de três anos de idade . Serviço Social em Revista, [S. l.], v. 27, n. 3, p. 648–669, 2024. DOI: 10.5433/1679-4842.2024v27n3p648. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/50170. Acesso em: 16 jan. 2025.