A parassinonímia em atlas linguísticos regionais brasileiros

Autores

  • Maria do Socorro Silva Aragão Universidade Federal do Ceará - Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2009v12n1p65

Palavras-chave:

Parassinônimos, Itens lexicais, Atlas linguísticos.

Resumo

Este trabalho procura buscar, na literatura especializada, resposta à questão: os itens lexicais dos Atlas Linguísticos constituem parassinônimos? Após a leitura de vários autores das áreas de semântica, semiótica, lexicologia e lexicografia, com diferentes visões sobre o tema, chegamos à conclusão, concordando com esses autores, de que a questão da sinonímia é uma questão de gradação e de variação quer linguística, quer extralinguística, e que não há sinônimo perfeito, uma vez que o semema de nenhum item lexical recobre totalmente o semema de outro item. Como corpus para essa análise utilizamos cinco dos Atlas Linguísticos Regionais do Brasil, publicados: Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Sergipe e Paraná. Para nossa análise trabalhamos com itens lexicais de algumas cartas léxicas dos campos semânticos “fenômenos atmosféricos”, “o corpo humano” e “cultura e convívio”, dos cinco Atlas brasileiros publicados. Respondendo à questão inicial, se os itens lexicais dos Atlas Linguísticos são parassinônimos, estamos seguros que sim, que cada um deles, apesar de terem os mesmos semas genéricos, seus semas específicos e virtuais recobrem realidades geográficas regionais diferentes, que se constituem em subsistemas marcados pela variação diatópica, já que diastraticamente as marcas da variação social: faixa etária, sexo e nível de escolarização, têm características semelhantes ou iguais, o que contraria a visão de alguns autores da área.

Biografia do Autor

Maria do Socorro Silva Aragão, Universidade Federal do Ceará - Universidade Federal da Paraíba

Doutora em Linguística pela Universidade de São Paulo (1974); pósdoutorado pela Université de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) (1977); pósdoutorado pela Universidad Complutense de Madrid (1978) e pósdoutorado pela Central Connecticut State University (1990). Docente da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Federal da Paraíba.

 

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Publicado

2009-07-15

Como Citar

ARAGÃO, Maria do Socorro Silva. A parassinonímia em atlas linguísticos regionais brasileiros. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 65–83, 2009. DOI: 10.5433/2237-4876.2009v12n1p65. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/4179. Acesso em: 4 jul. 2024.