Entre Condições e Hipóteses: Empirismo e Cultura
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2005v8n2p25Palabras clave:
Discurso, Conjunção, Condição, Cultura.Resumen
A conjunção subordinativa se é tratada pela gramática tradicional como um conetivo que cria uma relação condicional ou hipotética entre as orações. Um fato seria uma condição ou hipótese que deveria realizar-se para que o outro pudesse realizar-se. Considerada sob a perspectiva da Lingüística Textual, essa conjunção é vista como um conetivo lógico-semântico, já que, diferentemente dos operadores discursivo-argumentativos, que tomam como eixo de reflexão a interação dos protagonistas do discurso, as suas relações se dariam entre as orações, dentro de uma visada lingüística. Este texto tece reflexões sobre estas formas de concepção e pleiteia a existência de, pelo menos, dois se(s), ambos de caráter discursivo (um mais evidentemente que outro): o primeiro teria como base o sistema de referência do mundo objetivo; o segundo teria como pano de fundo o lastro cultural de um grupo, o que se pode provar pelo fato de apenas o último suportar uma contra-enunciação irônica.
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