Aranhaverso: Um Cronotopo Englobador das Produções Discursivas de Homem-Aranha

Ive Marian de Carvalho Domiciano; Francisco Rogiellyson da Silva Andrade; Pollyanne Bicalho Ribeiro

doi:10.5433/2237-4876.2024v27n2p75-91

Autores

Ive Marian de Carvalho Domiciano Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0000-0002-5603-888X
Francisco Rogiellyson da Silva Andrade Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0000-0002-2585-1878
Pollyanne Bicalho Ribeiro Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0000-0002-5128-8089

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2024v27n2p75-91

Palavras-chave:

Aranhaverso, Homem-Aranha, Análise Dialógica do Discurso, Cronotopo

Resumo

Neste artigo, assumindo princípios da teoria dialógica do discurso, defendemos a tese de que o aranhaverso pode ser caracterizado como um cronotopo, no qual, através das diferentes produções multissemióticas em que o personagem aracnídeo é protagonista, pequenos tempos dialogam entre si para construir esse cronotopo, o qual, por sua vez, se responsabiliza enunciativamente frente ao grande tempo cultural. Teoricamente, elegemos a noção de cronotopo, definida por Bakhtin (1997, 2018) como as coações espaço-temporais pelas quais imagens de homem e de mundo são representadas. A análise demonstra que o cronotopo se apresenta como fator imprescindível para a configuração dos elementos do projeto ficcional, seja como centros organizacionais dos acontecimentos basilares que ocorrem na história, seja como repertório valorativo no qual o interlocutor se apoia para produzir sentido e conformar valorações. No aranhaverso, é notória a influência do cronotopo sobre a construção do tornar-se super herói, a partir de temporalidades específicas, culminando em um tempo-espaço simbólico único, sempre tingido enunciativamente pela unicidade do ser em dada posição singular e irrepetível.

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Biografia do Autor

Ive Marian de Carvalho Domiciano, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Ceará. Possui Mestrado em Letras pela Universidade Federal do Ceará (2018); Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade São Luís (2018); Graduação em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Ceará (2008). Coautora do livro "As HQ chegam à escola", com a Profa. Dra. Pollyanne Bicalho Ribeiro e coorganizadora e autora do Livro "Práticas Dialógicas na Aula de Língua Portuguesa". Membro do Conselho Consultivo da Revista Farol, do Laboratório de Ensino de Língua Portuguesa - UFC. Atuou como professora de educação básica do estado do Ceará de 2010 a 2019, como Técnica Educacional na Secretaria de Educação do Estado - SEDUC, responsável pelas formações de Língua Portuguesa e elaboração de material didático direcionado a alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental de 2019 a 2020. ive.marian@prof.ce.gov.br

Francisco Rogiellyson da Silva Andrade, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará (PPGLin/UFC). Professor do setor de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira da Faculdade de Educação e Ciências Integradas do Litoral Leste da Universidade Estadual do Ceará (FECIL/UECE) e de Língua Portuguesa vinculado à Secretaria da Educação do Estado do Ceará (SEDUC). rogiellyson.andrade@uece.br.

Pollyanne Bicalho Ribeiro, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001), graduação em Direito pelo Centro Universitário FUMEC (2000), mestrado em Educação pela Universidade São Marcos (2004), doutorado em Linguística Aplicada pela Puc Minas (2008) e pós-doutorado em Linguística Aplicada (USP). Atualmente, é professora da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área da Linguística Aplicada, com ênfase nos seguintes temas: gêneros discursivos, identidade do professor, memoriais, representações sociais; formação de professores; letramento, material didático. pollyanne.bicalho@gmail.com

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