Vogais Anteriores do Inglês como Língua Estrangeira Produzidas por Falantes Brasileiros Proficientes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2023v26n2p69

Palavras-chave:

Vogais anteriores, Inglês como língua estrangeira, Parâmetros acústicos

Resumo

O objetivo da presente pesquisa foi realizar uma investigação da produção das vogais anteriores do inglês como língua estrangeira por falantes do português brasileiro proficientes. A Metodologia consistiu em analisar a produção dessas vogais a partir de dois grupos: falantes nativos e estrangeiros (brasileiros proficientes) de inglês. Em seguida, foi realizada uma análise acústica a partir dos parâmetros acústicos dos três primeiros formantes vocálicos, além da duração vocálica. Um total de onze parâmetros acústicos foi computado. Para os procedimentos estatísticos, realizou-se uma Análise de Variância (ANOVA) de dois fatores. Os resultados apontaram que os grupos apresentaram diferenças significativas quanto às médias referentes ao terceiro formante, inclinação do primeiro formante e à duração das vogais. Concluiu-se, ainda que de modo preliminar, que, mesmo para falantes proficientes na língua estrangeira, o esforço cognitivo imputado ao produzir as vogais da língua-alvo é afetado pela língua materna do falante no que tange à protrusão labial, mantimento da excursão mandibular e duração intrínseca de elementos vocálicos. Ademais, é possível inferir que os parâmetros estudados podem trazer contribuições para a área de ensino de pronúncia de língua estrangeira.

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Biografia do Autor

Crislaynne de Castro Lima, Universidade Estadual da Paraíba

É graduada em Letras inglês pela Universidade Estadual da Paraíba. Atualmente integra no Grupo de Estudos em Fonética da Universidade Estadual da Paraíba Sua pesquisa tem ênfase na área de Fonética experimental de L2

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Publicado

2023-08-30

Como Citar

DE CASTRO LIMA, C.; JOSÉ DA SILVA JR., L. Vogais Anteriores do Inglês como Língua Estrangeira Produzidas por Falantes Brasileiros Proficientes. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 26, n. 2, p. 69–87, 2023. DOI: 10.5433/2237-4876.2023v26n2p69. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/48413. Acesso em: 1 maio. 2024.