Ensaio com Paulo Freire sobre sua Práxis nos Processos de Ler-escrever a Palavramundo
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2023v26n2p9Palavras-chave:
Paulo Freire, leitura-escrita, práxis.Resumo
Este texto ensaia um diálogo com Paulo Freire acerca de seus processos de escrita, indicotomizáveis dos processos de leitura, aos quais ele mesmo faz referência como parte fundamental de seu trabalho de educador. Logo, com base em suas obras – Pedagogia do oprimido (2005a), Pedagogia da esperança (2011a), Cartas a Cristina (2019), dentre outras –, objetivamos compreender e refletir sobre seus processos de escrever, sobre a boniteza de sua linguagem, enquanto prolongamento de sua práxis em devenir. Percorrendo excertos de seus textos, não tanto acadêmicos, buscamos também compreender os processos de leitura-escrita como práticas formativas, inclusive porque entendemos a condição de inacabamentos de todo o ser humano, com destaque a educadores e educadoras. De linguagem generosa e democrática, consideramos que Paulo Freire escreveu toda a sua obra certo de que sua existência na escrita engajada, na escrita comprometida com o outro e com o mundo, que jamais separou trabalho e vida, palavramundo, foi uma contribuição inestimável para a compreensão da importância de professores e professoras, pesquisadores e pesquisadoras, de agora e de amanhã, nos processos de produção intelectual como tarefa política.
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