Os Nomes dos Bairros Criados em Dourados (MS) Entre 2008-2018

Autores

  • Marilze Tavares Universidade Federal da Grande Dourados
  • Maria do Carmo Nunes de Lima

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2020v23n3p44

Palavras-chave:

Onomástica, Toponímia, Toponímia urbana

Resumo

A Onomástica é a parte da Lexicologia responsável pelo estudo dos nomes próprios, que podem ser relativos a pessoas, a astros, a lugares, entre outros referentes. Nesta pesquisa, investigamos um conjunto de nomes de lugares, aos quais chamamos topônimos, objetos de estudo de uma das subdivisões da Onomástica, a Toponímia. A investigação proposta tem como objetivo principal realizar um estudo dos nomes dos bairros criados e aprovados na cidade de Dourados no período de 2008 a 2018, destacando tendências no que se refere à motivação semântica, à origem linguística e à estrutura formal dos nomes. Além disso, procedemos a uma comparação entre os topônimos dos novos bairros e os dos primeiros bairros da cidade. Os dados foram coletados junto aos órgãos responsáveis pelo planejamento urbano, na Prefeitura de Dourados, e analisados à luz das teorias que discutem a relação entre língua e fatores externos, léxico, e, mais especificamente, toponímia (SAPIR, 1969; DICK, 1990a, 1990b, entre outros). Entre os resultados obtidos, comparando os nomes mais novos com os mais antigos, podemos afirmar que as tendências, no que se refere à motivação, apresentam algumas distinções, mas, em geral, são muito semelhantes.


Biografia do Autor

Marilze Tavares, Universidade Federal da Grande Dourados

Mstre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS (2004), doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina – UEL (2015), professora efetiva do curso de Letras da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD. 

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Publicado

2021-06-29

Como Citar

TAVARES, Marilze; LIMA, Maria do Carmo Nunes de. Os Nomes dos Bairros Criados em Dourados (MS) Entre 2008-2018. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 23, n. 3, p. 44–59, 2021. DOI: 10.5433/2237-4876.2020v23n3p44. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/39693. Acesso em: 4 jul. 2024.