Formas do dizer e do calar na antigüidade grega: apontamentos para
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2006v9n2p215Palavras-chave:
Assembléias homéricas, “Genealogia da fala pública”, Análise do discurso, Discurso político.Resumo
Detendo-me em algumas passagens da Ilíada e da Odisséia que descrevem as assembléias homéricas, pretendo focalizar os procedimentos semiológicos (verbais e não-verbais) por meio dos quais o orador toma a palavra, desenvolve sua fala e instaura o silêncio em seu auditório. A partir da consideração desses procedimentos, almejo apontar certas representações da “fala pública” desse período e sugerir certas facetas da ordem do discurso que a caracterizam. As duas epopéias de Homero são referências incontornáveis e fundadoras do pensamento ocidental. Releio-as, aqui, com vistas a lançar alguns apontamentos iniciais do que nomeio de “genealogia da fala pública”, a partir da qual penso ser possível melhor compreender os discursos que nos enredam. Onde, quando e como falam os personagens homéricos e como reagem aqueles que os escutam? Saber das representações homéricas da “fala pública” parece-me o começo de um trajeto que pode conduzir a interpretações menos intuitivas e estigmatizadas do discurso político contemporâneo.
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