Análise Paradigmática e Sintagmática em Pesquisa Qualitativa com Dados de Linguagem Humana

Autores

  • Simone Reis Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2018v21n2p147

Palavras-chave:

[nome científico], Pesquisa qualitativa, Linguagem humana.

Resumo

Este artigo apresenta abordagem-método científico para análise qualitativa de dados de linguagem humana. Criado na Linguística Aplicada, este produto indutivo-dedutivo supre lacunas das conhecidas abordagens e métodos denominados Etnografia e Grounded theory. Ela possibilita responder perguntas de pesquisa e gerar teoria fundamentada nos dados, considerando sua totalidade e suas especificidades, com síntese analítica e sem reprodução, sem espelhamento e sem paráfrase de dados. Constituindo-se de duas fases principais, na primeira – a paradigmática --, examinam-se os dados verticalmente e criam-se classificações, que, ao final, são dispostas harmonicamente em hiperônimos e respectivos hipônimos sob determinada dimensão. Na segunda fase – a sintagmática – o pesquisador faz as asserções-respostas às perguntas de pesquisa, usando as classificações elaboradas na primeira fase e levando em consideração o poder epistemológico e ontológico que a linguagem exerce. Enquanto abordagem-método, esse caminho científico é calcado em intersubjetivação dialógica e por princípios éticos emancipatórios.

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Biografia do Autor

Simone Reis, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Ciências Sociais (2005) pela Radboud Universiteit Nijmegen, Holanda (título revalidado pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem, da Unicamp). Mestre em Linguística Aplicada junto à Unicamp (1998). Atualmente é Professora Adjunta no Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Estadual de Londrina

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Publicado

2018-11-13

Como Citar

REIS, Simone. Análise Paradigmática e Sintagmática em Pesquisa Qualitativa com Dados de Linguagem Humana. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 147–171, 2018. DOI: 10.5433/2237-4876.2018v21n2p147. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/32897. Acesso em: 5 nov. 2024.